BÍBLIA

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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

SERIÉ ELEMENTOS DA TEOLOGIA BÍBLICA (5.16)

      Cristologia 

5.16 A MORTE DE CRISTO


Lembremo-nos de que a principal missão de Cristo, ao tornar-Se homem quando veio à terra, não foi a de ensinar, nem de realizar milagres. E verdade que Ele fez ambas as coisas, mas Deus poderia ter ungido profetas, como no Antigo Testamento, para tais fins.

 A principal missão de Cristo foi de morrer pelos pecados do mundo, tarefa que nenhum profeta poderia cumprir. Eis o motivo da encarnação de Jesus Cristo: a restauração do homem à perfeita comunhão com Deus Pai, através do perfeito sacrifício do Seu Filho. Cristo mesmo declarou: “... o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mc 10.45).

O que Cristo proclamou, da cruz Muitas vezes, no decorrer do Seu ministério, Jesus Cristo vaticinou a própria morte, especialmente quando previu que a Sua hora se aproximava. Seus discípulos, porém, pareciam não compreender a realidade, nem o significado da morte do Seu Mestre. 


Crucificado no Calvário, Jesus declarou o propósito da Sua morte, tanto para os discípulos, como para todos os ouvintes. Vejamos esse propósitos em quatro destaques: 

1. Perdão (Lc 23.34)

2. Paraíso (Lc 23.43)

 3. Deus Não Pode Suportar Pecado (Mt 27.46)

 4. Vitória (Jo 19.30; Lc 23.46).


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5.17 A cruz trouxe expiação

 Expiar implica cobrir as culpas mediante um sacrifício exigido. A palavra é empregada 77 vezes no Antigo Testamento. Antes mesmo do uso bíblico da palavra expiação (Ex 29.33), o conceito já aparece em Gênesis 3.21, onde temos o sacrifício de animais pelo próprio Deus, para vestir Adão e Eva com suas peles. Isaías 53.6,7 prova que Cristo é nossa expiação.

5.18 A cruz trouxe redenção 

Redimir quer dizer comprar de volta, readquirir uma pessoa ou coisa, mediante pagamento do preço exigido. Tal conceito de redenção, ou resgate, com relação a escravos, foi decretado pela Lei Mosaica (Lv 25.47,48). A quem é devido o preço da redenção? Evidentemente não é a Satanás. Ele simplesmente escraviza aqueles que escolhem uma vida de pecado. O preço do resgate é devido à santidade de Deus; a nossa dívida é com Deus mesmo. Foi Deus, não Satanás, quem aceitou o “pagamento” mediante o sacrifício de Cristo.

 O resultado disso foi a derrota eterna de Satanás. Jesus declarou-se Redentor da humanidade, quando disse que Sua missão era a de “... dar a sua vida em resgate por muitos". (Mt 20.28). A passagem de 1 Timóteo 2.6 fala-nos de Cristo, “o qual a si mesmo se deu em resgate por todos...". Vejamos ainda 1 Pedro 1.18,19 e Gálatas 3.13.

5.19 A cruz trouxe reconciliação 


Reconciliar significa harmonizar as relações interrompidas entre dois indivíduos, promovendo o mútuo entendimento através da remoção de barreiras e restaurando a comunicação entre ambos. O ato, ou processo de reconciliação, geralmente abrange o ofensor, o ofendido e o mediador. 

No caso espiritual, o ofensor é toda a humanidade. A Bíblia afirma: “... todos pecaram e carecem da glória de Deus. ” (Rm 3.23). O ofendido é o Deus Santo, que, dado o estado pecaminoso de Adão e Eva, expulsou-os do Jardim do Èden. A natureza santa e justa de Deus não tolera a comunhão com pecadores impenitentes, cujo destino é a morte, a separação eterna de Deus (Rm 6.23), a menos que se arrependam e sigam a Cristo, nosso Reconciliador, que veio reconciliar com Deus não os justos, mas os pecadores!

5.20 A cruz trouxe propiciação 


Lemos, em Êxodo 25.17-22, a respeito do propiciatório construído por Moisés para cobrir a Arca da Aliança. A posição do propiciatório como cobertura da Arca ressalta o fato de, em Cristo, a misericórdia de Deus sobrepor-se à maldição da Lei. Cristo foi dado por Deus Pai como propiciação pelos pecados daqueles que viessem a ter fé no Seu sangue derramado (Rm 3.24-26). 


SERIÉ ELEMENTOS DA TEOLOGIA BÍBLICA (5.12)

  Cristologia 

5.12 A HUMANIDADE DE CRISTO



Ao falarmos da humanidade de Cristo, de modo algum diminuímos a Sua divindade. Jesus Cristo era Deus-Homem; a união destas duas naturezas numa só pessoa é para a mente humana algo inexplicável, porém uma verdade indiscutível. 

Nestes últimos dois mil anos, têm-se disseminado muitas doutrinas falsas, formuladas por líderes religiosos que se recusam a aceitar a humanidade-divindade de Cristo. 

Alguns religiosos acreditavam ser uma simples ilusão a Sua humanidade; outros, não queriam aceitar a Sua eterna divindade. Inventaram absurdas explicações, numa tentativa de apelar para o raciocínio humano. Uma das tais teorias foi a de que Cristo oscilava entre as duas naturezas, sendo, ora divino, ora humano!

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5.13 Cristo teve parentesco humano

 Já se tem falado muito acerca do nascimento de Jesus Cristo do ventre da virgem Maria. Evidentemente, tal fato carece de explicação natural, uma vez que foi um acontecimento sobrenatural. Aceitamos pela fé a Palavra de Deus, que diz simplesmente, “... Maria... achou-se grávida pelo Espírito Santo.” (Mt 1.18). Por outro lado, não há base bíblica para a suposição de que o nascimento de Jesus fosse diferente do nascimento de qualquer outro ser humano. Apesar de certas apresentações artísticas bem intencionadas, a Bíblia não indica a presença de auréola ao redor da cabeça do menino Jesus. Foi por revelação divina, não por evidências físicas, que os profetas Ana e Simeão reconheceram que o recém-nascido era de fato o Messias prometido por Deus (Lc 2).

 O menino Jesus não Se diferenciava fisicamente em nada das outras crianças da Sua idade. Os evangelistas Mateus e Lucas proporcionam genealogias bem detalhadas no sentido de identificarem Cristo com a raça humana, especificamente com Abraão e Davi.  

Mateus traça a linhagem de Jesus através de José, esposo de Maria, mostrando que Jesus herdou o direito legal de ser rei, por ser José descendente de Salomão e ter- -se casado com Maria, pouco antes de Seu nascimento. 

Lucas mostra também que Maria era descendente direta de Davi; quando diz que José era filho de Heli (Lc 3.23), quer dizer, na realidade, que era genro de Heli. Como não era costume incluir nome de mulher nas genealogias, Lucas coloca o nome de José em vez do de Maria. 

Além disso, era comum entre os judeus o genro ser chamado de filho, por afinidade. Maria e José guardavam para si o segredo maravilhoso do nascimento miraculoso de Jesus; por isso, os habitantes da Sua cidade viam nele apenas o filho do carpinteiro José que, por sinal, tinha outros filhos.

5.14 Cristo submeteu-se às leis do desenvolvimento humano 

Dos quatro Evangelhos, somente o de Lucas dá um resumo da infância de Jesus. Lucas 2.40 diz o seguinte: “Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.”. Em 2.52 acrescenta: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.”. Esses dois versículos mostram que Jesus era sujeito às leis normativas do desenvolvimento humano. Face a eles, pode-se perguntar, logicamente: “Se Jesus é divino e onisciente, como pode Ele crescer em sabedoria?”.

 A resposta encontra-se em Filipenses 2.7: “antes, a si mesmo se esvaziou,... tornando-se em semelhança de homens...” Lucas 2.46 diz que quando os pais de Jesus voltaram a Jerusalém em busca do filho, que julgavam perdido em meio à multidão, “... o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.”

 Este detalhe da adolescência de Cristo indica que Ele aprendeu muito das Sagradas Escrituras por meio da instrução recebida na sinagoga, no templo e no lar de Seus pais terrenos. Sem dúvida, Jesus aprendeu a ler e a escrever como toda criança da Sua idade. Cresceu em sabedoria, como consequência de Seu estudo pessoal das Escrituras e da Sua comunhão com o Pai.

 Com exceção de Sua natureza impecável, parece que a infância de Jesus Cristo decorreu de forma normal. De fato, foram os moradores da Sua própria cidade, Nazaré, os que mais custaram a acreditar que esse menino, cuja infância tinham observado, pudesse ser o Messias: “E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.”

 (Mt 13.58). Não há qualquer registro bíblico de Jesus haver feito algum milagre durante Sua infância ou juventude. De fato, João 2.11 refere-se à transformação da água em vinho nas bodas de Caná, como sendo o primeiro dos sinais por Ele manifestados. 


 5.15 Cristo apresentou aspectos humanos

As passagens a seguir evidenciam as características essencialmente humanas de Jesus Cristo:

 1. Aparência de Homem. Hebreus 2.14-17 diz que Jesus tornou-Se carne e sangue como seus irmãos, em todos os aspectos (Mc 6).

 2. Chamado “Filho do Homem”. Jesus referiu a Si mesmo como Filho do Homem pelo menos oitenta vezes, identificando-Se com a raça humana. Paulo declara haver um só mediador entre Deus e os homens, “...Cristo Jesus, homem.” (lTm 2.5).

 3. Sentiu-se Cansado. Em João 4, lemos que os discípulos deixaram-nO junto à fonte de Jacó para descansar, após intenso dia de trabalho. Cansado, Cristo adormeceu no barco em que, junto com Seus discípulos, atravessaram o mar da Galileia (Mt 8. 24,25). 

4- Sentiu Tristeza. Jesus sentiu profundamente a dor humana, pois, em pelo menos duas ocasiões, Ele chorou publicamente (Lc 19.41; Jo 11.35).

Porque Cristo Fez-se homem O estudo sobre a humanidade de Cristo seria incompleto se não nos dirigíssemos à questão fundamental: “Por que Ele fez-se homem?”.


 a) Para tornar-Se o sacrifício perfeito para remissão do pecado humano. João Batista chamou Jesus de “... o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Qo 1.29). Jesus reconheceu esta Sua missão em Marcos 10.45 como sendo Ele mesmo a realização, o antítipo dos sacrifícios transitórios do Antigo Testamento.

 b) Para ser o perfeito mediador entre Deus e os homens. Jó já desejava um tal mediador: “Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós...” (Jó 9.33). Sendo Deus, Cristo pode interceder junto ao Pai; sendo homem, pode sentir nossas fraquezas e enfermidades.

 c) Para vencer a morte. A morte é consequência do pecado (Gn 2.17) para toda a humanidade. Só Cristo passou por esta vida sem pecado; por isso, a morte não exerceu domínio permanente sobre o Seu corpo(EETAD).

SERIÉ ELEMENTOS DA TEOLOGIA BÍBLICA (5.6)

 Cristologia 

5.6 A DIVINDADE DE CRISTO

Apresentaremos neste Texto algumas provas da divindade de Cristo. Desejamos mostrar que, ao tornar-se homem, Cristo em nada limitou a Sua divindade, mesmo ao deixar o esplendor da Sua glória por algum tempo, para assumir a forma humana.
 
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 5.7 Nomes divinos atribuídos a Cristo 


A divindade de Cristo é comprovada pelos nomes divinos a Ele aplicados, conforme consta da Bíblia Sagrada em diversas passagens. Cristo é chamado 1. “Deus”, em João 1.1; Hebreus 1.8; João 20.28. 2. “Senhor”, em Atos 9.17; Atos 16.31. 3. “Filho de Deus”, em Mateus 16.16.

5. 8 Atributos divinos conferidos a Cristo 

Um dos sinais dos tempos tem sido a negação feita por pseudocristãos quanto à divindade de nosso Senhor Jesus Cristo. Para os tais, tem sido irracional a afirmação da teologia neotestamentária de que Cristo era verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Porém, acima do que eles creem e pregam está o testemunho insofismável das Escrituras Sagradas, que apresentam Cristo nascido de carne como todo homem e, ao mesmo tempo, dotado de atributos inerentes a Deus, o Pai. A Palavra de Deus declara que Cristo é:

 a) Eterno: Apocalipse 22.13; Hebreus 1.12; 

b) Onipotente: Mateus 28.18; 

c) Onisciente: João 16.30; 21.17; Apocalipse 2.2,19; 3.1,8,15;

 d) Onipresente: Mateus 28.20.


5.9 Testemunhas quanto à deidade de Cristo

 Desde cedo o judeu era instruído a ouvir: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.” (Dt 6.4). Depois do cativeiro na Babilônia, nunca mais a nação israelita se entregou à idolatria. Ainda que Israel como nação tivesse muitas falhas, quando Jesus começou o Seu ministério terreno, a idolatria e o politeísmo não se evidenciaram entre elas.

Diante deste fato histórico, destaca-se a importância do culto divino que os judeus convertidos dedicavam a Cristo, o que não fariam se tivessem dúvida da Sua divindade, nos seguintes âmbitos: 

a) No Início: Hebreus 1.6; Mateus 2.11; João 1.34;

 b) Pelo Povo: João 9.38; Mateus 8.2; 9.18; 15.25; João 11.27; 

c) Pelos Discípulos: Mateus 14.33; d) Pelos Demônios e ímpios: Mateus 27.54; Marcos 3.11; 5.7; Lucas 4.41; 8.28; e) Por Deus o Pai: Mateus 3.17; Marcos 9.7.

5.10 Ofícios divinos atribuídos a Cristo

 Vejamos agora cinco ofícios ou ministérios divinos desempenhados por Cristo, cada um dos quais evidencia Sua divindade:

 1. Criador: Colossenses 1.16;

 2. Sustentador de Todas as Coisas: Colossenses 1.17; Hebreus 1.3; 

3. Perdoador: Mateus 9.2;

 4- Ressuscitador: João 6.40; 

5. Juiz: João 5.22; 2 Timóteo 4.1.

Cristo mesmo Se proclamou divino Lucas 2.41-52 diz que Jesus Cristo, aos doze anos de idade, já era ciente da Sua relação toda especial com Deus-Pai e da Sua missão específica aqui na terra.


 Em João 8.58, vemos que Jesus afirma a Sua própria preexistência. Temos ainda muitas outras palavras de Jesus, como: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). Mais tarde esta afirmação de Jesus seria esclarecida quando Ele disse: “Sou Filho de Deus”? (Jo 10.36). Podemos ver ainda outras referências como Mateus 11.27, Marcos 14.61,62; João 10.37,38; 14.9; 17.5.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

SERIÉ ELEMENTOS DA TEOLOGIA BÍBLICA (05)


5. Cristologia 

CRISTO NO ANTIGO TESTAMENTO

5.1 Cristo revelado na tipologia


 Tipologia refere-se a pessoas, eventos ou instituições do Antigo Testamento que servem de sombra ou prefiguração de pessoas e eventos do Novo Testamento. A representação inicial é o “tipo” e a realização é o “antítipo” (Hb 10.1). Hebreus 5 nos mostra que tanto Arão como Melquisedeque foram “tipos” de Cristo no que diz respeito ao sacerdócio. Um estudo mais detalhado, no entanto, mostrará que Melquisedeque era tão somente um tipo. 

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5.2 Profecias do nascimento de Cristo


 Ao longo do Antigo Testamento, há profecias que falam a respeito do nascimento de Cristo. As primeiras profecias são veladas, mas, ao se aproximar o momento determinado para o nascimento do Messias, elas se tornam mais claras. Em Miquéias 5.2, há uma profecia referente ao nascimento de Cristo, mostrando o Messias encarnado: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Para Daniel foi dada uma profecia referente ao tempo de vida terrestre do Messias (Dn 9.24-27):

5.3 Profecias sobre a vida de Cristo


 As profecias messiânicas do Antigo Testamento manifestam as muitas funções desempenhadas por Cristo aqui na terra como:

 1. Profeta. Moisés (Dt 18.15) nos mostra o papel de Cristo como profeta. Jesus Qo 5.46) confirma ser Ele mesmo o profeta prometido. Portanto, o termo profeta aplicado a Jesus refere-se ao Seu ministério como Mensageiro de Deus. Outro sentido para profeta é o de predizer eventos futuros. 

2. Sacerdote. Em 1 Samuel 2.35, lemos uma profecia sobre Samuel: “Então suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente... e andará ele diante do meu ungido para sempre. ”. Desta maneira, Samuel prefigura o sacerdote perfeito: Jesus, o Messias (o Ungido). Hebreus 6.20 confirma o sacerdócio de Jesus: “onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre...”

3. Rei. Jeremias 23.5,6 vaticina o papel de Cristo como Rei: “... levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra... será este o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa”. Ele foi chamado de “Rei de Israel” (Jo 12.13).


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 Muitas referências proféticas a Cristo como Rei da terra serão cumpridas ainda por ocasião da Sua segunda vinda.

 4. Alicerce. Isaías vaticina o papel de Cristo como alicerce e pedra angular da revelação divina: “... Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada..." (Is 28.16). Citando este trecho na sua primeira epístola, capítulo 2 e versículo 6, Pedro mostra-o como profecia já cumprida em Cristo.

 5. Servo. Isaías também se refere a Cristo como “servo” (Is 52.13), papel por Ele desempenhado inúmeras vezes por Ele, como na ocasião em que lavou os pés de Seus discípulos (Jo 13). 6. Operador de Milagres. Isaías foi quem profetizou os milagres de cura que seriam realizados por Cristo (Is 35.5,6).

5.4 Profecias sobre a morte e ressurreição de Cristo
 


O salmo 22 não se encaixa bem na experiência vital de Davi; embora sofresse certos problemas na vida, é evidente que, neste texto, ele está se referindo a padecimentos mais severos. Também as primeiras palavras do salmo: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? ...” são exatamente as palavras de Jesus na cruz do Calvário (Mt 27.46). Isaías 53 mostra-nos uma descrição do Messias sofredor, sublinhando o sacrifício de Cristo em substituição aos pecadores (vv.4,5,6). O versículo 9 anuncia o sepultamento de Jesus no sepulcro de José de Arimateia e o versículo 10 explica o motivo teológico da morte do Cristo. Quanto à ressurreição de Cristo, a profecia mais notável no Antigo Testamento se encontra em Salmos 16.10.

 Já no Novo, tanto Pedro (At 2.25-31), como Paulo (At 13.34-37) referem-se a este versículo como uma profecia da ressurreição de Jesus dentre os mortos(EETAD).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

SERIÉ ELEMENTOS DA TEOLOGIA BÍBLICA (4)

4. A TRINDADE DIVINA

(em edição)

Falsos conceitos sobre a Trindade O falso e o verdadeiro andam sempre em posição paralela. Durante séculos, as verdades doutrinárias sempre tiveram quem fossem contra. Da mesma forma, a doutrina da Trindade também sempre teve inimigos para combatê-la. 1. O Conceito Ariano. Por volta dos idos de 320 d.C., Ario, um dos presbíteros da Igreja de Alexandria, na África, combateu a Trindade inicialmente negando a eternidade e a divindade de Cristo. Esse ponto de vista o colocou em choque com Alexandre, que cria na Trindade constituída pelo Pai, Filho e Espírito Santo, como três pessoas igualmente incriadas e eternas. 2. O Concílio de Niceia. Este embate entre Ario e Alexandre alcançou proporções tão exacerbadas que foi necessário o Concílio de Niceia para combater a opinião de Ario, que negava a divindade de Cristo. 3. As “Testemunhas de Jeová” e a Trindade. Diversos pensamentos têm sido expressos em oposição à Trindade, dentre eles podemos destacar os “Russellitas”, que chamam a si mesmos de “Testemunhas de Jeová”, as quais negam a divindade de Cristo e a pessoa do Espírito Santo.


O que a bíblia nos ensina sobre a Trindade Depois de trazer à existência a todas as coisas através de um simples e poderoso “HAJA”, quis Deus formar o homem, quando disse: “...FAÇAMOS o homem à NOSSA imagem, conforme a NOSSA semelhança...” (Gn 1.26). A respeito do homem após a queda, disse Deus: “... Eis que o homem se tomou como um de NOS...” (Gn 3.22). No relato bíblico da confusão das línguas em Babel, lemos ainda Deus dizendo: “Vinde, DESÇAMOS E CONFUNDAMOS ali a sua linguagem...” (Gn 11.7). Na visão de Isaías, quando de seu chamado, lemos que Deus perguntou: “... A quem enviarei, e quem há de ir por NOS?...” (Is 6.8). Foi a propósito que pusemos em DESTAQUE os verbos e pronomes pessoais e possessivos, tais como: FAÇAMOS, NOSSA, NÓS, DESÇAMOS E CONFUNDAMOS, para mostrar que em todos os casos bíblicos citados, mais de uma pessoa, portanto a Trindade, fizeram-Se presentes em ação. Além dos casos citados, é no Novo Testamento que encontramos o maior número de provas que ratificam o ensino bíblico sobre a Trindade, como: Mateus 3.16,17; 28.19; 1 Coríntios 12.4-6; 2 Coríntios 13.13; Efésios 4.4-6; 1 Pedro 1.2; Judas 20,21; Apocalipse 1.4,5.


A Trindade Definida Tanto no Antigo como no Novo Testamento, títulos divinos são atribuídos, distintamente, às três pessoas da Trindade. 1. A respeito do Pai: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.” (Ex 20.2). 2. A respeito do Filho: “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28). 3. A respeito do Espírito Santo: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?... Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (At 5.3,4). Cada pessoa da Trindade é descrita na Bíblia como sendo:
Descrição 0 Pai O Filho O Espírito Santo Onipresente Jr 23.24 Mt 18.20 Si 139.7 Onipotente Gn 17.1 Ap 1.8 Rm 15.19 Onisciente At 1518 Jo 21.17 1Co 2.10 Criador Gn 1.1 Jo 1.3 Jó 33.4 Eterno Rm 16.26 Ap 22.13 Hb 9.14 Santo Ap 4.8 At 3.14 1Jo 2.20 Santificador Jo 10.36 Hb 2.11 1Pe 1.2 Fonte da Vida Eterna Rm 6.23 Jo 10.28 Gl 6-8 Ressuscitador 1Co 6.14 Jo 2.19 1Pe 3.18 Inspirador dos Profetas Hb 1.1 2Co 13.3 Mc 13.11 Supridor de Ministros à Sua Igreja Jr 3.15 Ef 4.11 At 20.28 Salvador 2Ts 2.13 Tt 3.4-6 1Pe 1.2


Na C o n fissão de Fé P resbiterian a, encontra-se o consenso geral do Cristianismo a respeito da Trindade: “Na unidade da divindade há três Pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. O Pai não é de ninguém; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Filho”.


Deus-Pai O título “Pai” nem sempre é dado a Deus, nas Escrituras, com o mesmo sentido. Vejamos. 1. Deus - o Pai de toda a criação: aplica-se à primeira pessoa da Trindade a quem, de maneira especial, a revelação divina atribui a obra da criação (ICo 8.6). 2. Deus — o Pai de Israel: aplica-se a Deus para expressar a relação teocrática, na qual Ele permanece com Israel, Seu povo do Antigo Testamento (Dt 32.6). 3. Deus - o Pai dos Crentes: no Novo Testamento, “Pai”, referente a Deus, assume uma dimensão completamente nova, quando fala da paternidade de Deus para aqueles que nasceram da Palavra e do Espírito (Mt 5.45). 4- Deus - o Pai de Jesus Cristo: num sentimento diferente, “Pai” se aplica à primeira pessoa da Trindade em relação à segunda pessoa, isto é, Cristo (Mt 3.17).


Deus-Filho Das três pessoas da Trindade, o Senhor Jesus Cristo foi a segunda a ser revelada corporalmente aos homens. Os atributos inerentes a Deus-Pai relacionam-se harmoniosamente com Cristo, provando a Sua divindade; por isso, a Bíblia O apresenta como sendo: 01. O Primeiro e o Último (Is 41.4; Cl 1.15,18; Ap 1.17; 21.6); 02. O Senhor dos senhores (Ap 17.14); 03. O Senhor de todos e Senhor da glória (At 10.36; ICo 2.8); 04. O Criador (Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2,10; Ap 3.14); 05. O Rei dos reis (Is 6.1-5; Jo 12.41; lTm 6.15; Ap 1.5; 17.14); 06. O Juiz (Mt 16.27; 25.31,32; 2Tm4.1; At 17.31); 07. O Pastor (Is 40.10,11; SI 23.1; Jo 10.11,12); 08. O Cabeça da Igreja (Ef 1.22); 09. A Verdadeira Luz (Lc 1.78,79; Jo 1.4,9); 10. O Fundamento da Igreja (Is 28.16; Mt 16.18); 11. O Caminho (J° 14.6; Hb 10.19,20);


12. A Vida (Jo 11.25; Cl 3.4; ljo 5.11,12); 13. O Perdoador de pecados (SI 103.3; Mc 2.5; Lc 7.48-50); 14- O Preservador de tudo (Hb 1.3; Cl 1.17); 15. O Doador do Espírito Santo (Mt3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33; At 1.5); 16. O Eterno (lTm 1.17; Ap 22.13); 17. O Santo (At 3.14); 18. O Verdadeiro (Ap 3.7); 19. O Onipresente (Ef 1.20-23); 20. O Onipotente (At 1.8); 21. O Onisciente (Jo 21.17); 22. O Santificador (Hb 2.11); 23. O Mestre (Lc 21.15; G1 1.12); 24- O Ressuscitador de Si mesmo (Jo 2.19); 25. O Inspirador dos profetas (IPe 1.11); 26. O Supridor de ministros à Sua Igreja (Ef 4.11); 27. O Salvador (Tt 3.4-6).
O Filho como mediador entre Deus e os homens Como enviado do Pai e mediador entre Deus e o homem: 


1. O Filho dependia do Pai (Jo 5.19,36; 6.57); 

2. O Filho foi enviado pelo Pai (Jo 6.29; 9.29); 

3. O Filho estava sob a autoridade do Pai (Jo 10.18);
 4- O Filho recebeu autoridade delegada pelo Pai (Jo 10.18);
 5. O Filho recebeu do Pai a Sua mensagem (Jo 17.8; 8.26,40); 
6. O Reino do Filho foi estabelecido pelo Pai (Lc 22.29); 7. O Filho entregará o Seu reino ao Pai (ICo 15.24); 8. O Filho, como enviado do Pai, lhe está sujeito (ICo 11.3; 15.27,28)

Deus-Espírito Santo A Bíblia apresenta a pessoa do Espírito Santo, quando diz que: 01. Ele cria e dá vida (Jó 33.4); 02. Ele nomeia e comissiona ministros (Is 48.16; At 13.2; 20.28); 03. Ele aponta o lugar onde os ministros devem pregar (At 16.6,7); 04- Ele instrui sobre o que os ministros devem pregar (ICo 2.13); 05. Ele falou através dos profetas (At 1.16; IPe 1.11,12; 2Pe 1.21); 06. Ele contende com os pecados (Gn 6.3);



07. Ele reprova (Jo 16.8); 08. Ele consola (At 9.31); 

09. Ele nos ajuda em nossas fraquezas (Rm 8.26); 
10. Ele ensina (Jo 14.26; ICo 12.3); 
11. Ele guia (Jo 16.13); 
12. Ele santifica (Rm 15.16; ICo 6.11); 
13. Ele testifica de Cristo (Jo 15.26); 
14- Ele glorifica a Cristo (Jo 16.14);
 15. Ele tem poder próprio (Rm 15.13); 
16. Ele tudo sonda (Rm 11.33,34; ICo 2.10,11);
 17. Ele age segundo a Sua vontade (ICo 12.11); 
18. Ele habita com os santos (Jo 14-17); 
19. Ele pode ser entristecido (Ef 4-30); 
20. Ele pode ser envergonhado (Is 63.10);
 21. Ele pode sofrer resistência (At 7.51);
 22. Ele pode ser tentado (At 5.9). Por toda a Bíblia, atributos divinos conferidos ao Pai e ao Filho são também conferidos ao Espírito Santo, entre os quais se destacam: 1. Eternidade (Hb 9.14); 2. Onipresença (SI 139.7-10); 3. Onipotência (Lc 1.35); 4. Onisciência (ICo 2.10).


AS OBRAS DE DEUS


Os decretos divinos


 em geral No plano divino, existem obras que envolvem o próprio Deus e a Ele exclusivamente pertencem. Mas também há aquelas que envolvem as Suas criaturas. O C atecism o M en o r de W estm in ster faz uma definição concernente ao decreto de Deus, como: “Seu propósito eterno, segundo o conselho de sua própria vontade, em virtude da qual tem preordenado para sua própria glória tudo o que sucede”. Desse modo, devemos entender que: o decreto divino é único: está relacionado com o conhecimento de Deus; está relacionado a Deus e ao homem, e tem a ver com a capacidade de Deus operar. Para entendermos o decreto divino, devemos caracterizá-lo como:

 1. fundado na sabedoria de Deus;
 2. eterno;
 3. eficaz; 
4. imutável; 
5. incondicional; 
6. absoluto;
 7. universal.

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A criação em geral


 A fé da Igreja em relação à criação é expressa no primeiro artigo do Credo dos Apóstolos. A palavra criação pode ser definida como aquele que ato livre de Deus, por meio do qual, segundo o conselho de Sua soberana vontade é para Sua própria glória, no princípio produziu todo o Universo, visível e invisível, sem o uso de matéria preexistente e assim lhe deu existência distinta da Sua própria existência. Segundo as Escrituras, a criação foi um Ato do Deus Trino, um Ato Livre de Deus e um Ato Temporal de Deus.


A criação do mundo espiritual 


Há muitas indagações a respeito dos anjos. Seriam eles seres reais? Segundo a Bíblia, eles foram criados por Deus como seres especiais e com propósitos claramente mostrados ao longo das narrativas bíblicas. Quanto à natureza dos anjos, podemos considerar o seguinte: eles são seres criados, espirituais, inteligentes, gloriosos e poderosos.

A criação do mundo material


 “No princípio, criou Deus os céus e a terra." (Gn. 1). Aqui, Moisés faz um resumo da obra criadora de Deus que, ao longo da narrativa bíblica, observamos com mais detalhes. E o dogma fundamental da verdadeira religião, que é o oposto das falsas filosofias e religiões.

Semana da recriação


 Ao observarmos o relato de Moisés, vemos que ele descreve as variadas fases da ação divina, em um período de seis dias, nos quais três são dedicados à formação dos espaços habitáveis e três, para o povoamento. Vejamos um a um. 1Q. dia: a Luz (Gn 1.3); 2°. dia: o Firmamento (Gn 1.6-8); 32. dia: a Terra Firme (Gn 1.9-13); 4° dia: o Sistema Solar (Gn 1.14-19); 52. dia: a Fauna Marinha(Gn 1.20-23); 6g. dia: os Animais Terrestres (Gn 1.24,25).

A criação do homem 


A Bíblia nos dá um duplo aspecto da origem do homem. Vejamos as seguintes conclusões: a) A criação do homem foi precedida de um solene conselho divino; b) A criação do homem é um ato imediato de Deus; c) O homem foi criado segundo um tipo divino; d) Os elementos da natureza humana se distinguem; e) O homem foi criado coroa da criação(EETAD). 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

SERIÉ ELEMENTOS DA TEOLOGIA BÍBLICA (03)

3. A NATUREZA DE DEUS E SEUS ATRIBUTOS 


Para começarmos

Deus é um espírito infinito e perfeito em quem todas as coisas tem sua origem, sustentação e fim (Jo.4:24; Ne.9:6; Ap.l:8; Is.48:12; Ap.1:17). 

Quando falamos em essência de Deus, queremos significar tudo o que é essencial ao Seu Ser como Deus, isto é, substância e atributos.
 

Quem é Deus? O que constitui a natureza divina? Qual é o modo de ser de Deus? Estas perguntas nos levam à sarça ardente e à terra santa. Nós devemos caminhar suavemente, andar humildemente e evitar suposições. Mas podemos ir até onde a revelação divina for.


Existe realmente uma natureza divina. Com a palavra “natureza” indicamos as características que diferenciam um ser dos demais. Falamos, portanto, da natureza angélica, da natureza humana e da natureza das bestas feras. 

A possibilidade de falarmos da natureza de Deus foi sugerida pelo apóstolo Paulo quando disse que os gálatas, antes de serem convertidos, serviam aqueles que por natureza não eram deuses. Gálatas 4:8. Isto claramente implica a existência de alguém que por natureza é Deus.

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Atributos Naturais de Deus: 

 Espírito, cognoscível (jamais foi visto), eterno, onipotente, onipresente, onisciente, sábio e infinitamente mais.

Atributos Morais de Deus  :


 Fiel, verdadeiro, bom, paciente, amoroso, gracioso e misericordioso (se Ele que é perfeito perdoa, quem somos nós para não perdoar?), santo, reto e justo.


3.1 A vida de Deus

Deus tem vida; Ele ouve, vê, sente e age, portanto é um Ser vivo (Jo.10:10; Sl.94:9,l0; IICr.16:9; At.14:15; ITs.1:9). Quando a Bíblia fala do olho, do ouvido, da mão de Deus, etc., fala metaforicamente. A isto se dá o nome de antropomorfismo. Deus é vida (Jo.5:26; 14:26) e o princípio de vida (At.17:25,28). 

Definição do termo : Antropomorfismo 

1. O Antropomorfismo é um conceito filosófico que está associado as formas humanas, ou seja, ele atribui características, sejam físicas, sentimentos, emoções, pensamentos, ações ou comportamentos humanos aos objetos inanimados ou seres irracionais.
Em outras palavras, o antropomorfismo atribui caraterísticas humanas aos seres de natureza não humanas. Do grego, o termo “antropomorfismo” é a junção dos termos “anthropo” (homem) e “morfhe” (forma)(todamateria.com.br).


2. forma de pensamento comum a diversas crenças religiosas que atribui a deuses, a Deus ou a seres sobrenaturais comportamentos e pensamentos característicos do ser humano.

 
A expressão “EU SOU” (Êx 3.14) já seria suficiente para atestar a vida de Deus. Porém, inúmeras outras passagens bíblicas reiteram Sua existência, como em Hebreus 11.6, que diz que “é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe...”.  

Jerônimo disse: Deus é a origem de Si mesmo e a causa de Sua própria substância. Jerônimo estava errado, pois Deus não tem causa de existência, pois não criou a Si mesmo e não foi causado por outra coisa ou por Si mesmo; Ele nunca teve início. Ele é o Eterno EU SOU (Ex.3:14), portanto Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência (Jo.5:26; At.17:24-28; ITm.6:15,16).
 


Deus é a própria vida (Jo 5.26): dEle, nEle, por Ele e para Ele emana tudo e todos os seres criados, animados e inanimados. Todos nós dependemos de pelo menos duas pessoas para existir - nossos pais. Deus não, Ele existe por si mesmo. Eis porque Ele pode, com autossuficiência, dizer de si próprio: “Eu sou o que sou”. Apesar de ser uma realidade espiritual, Deus pode assumir qualquer forma visível, entretanto homem algum jamais viu sua face (Êx 33.20; Mt 1.23; 11:27; Jo 1.18). A Bíblia apresenta Deus como um Ser supremo, vivo e Todo-Poderoso que faz com que as coisas aconteçam de acordo com a Sua vontade (Jr 10.10-16).

 No Antigo Testamento, era comum os profetas falarem da existência de Deus comparando-a com a de os deuses pagãos. Exemplos: 1. Moisés disse que o Deus vivo falou do meio do fogo (Dt 5.26); 2. Davi disse que Golias estava afrontando os exércitos do Deus vivo (ISm 17.36); 3. Ezequias disse que Rabsaqué, mensageiro do rei da Assíria, fora enviado para afrontar o Deus vivo (2Rs 19.4). 

Quanto à vida de Deus no Novo Testamento, encontramos os seguintes registros: a) Pedro declarou ser “...Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16); b) Paulo exortou os habitantes de Listra a se converterem ao Deus vivo (At 14.15); c) Paulo declarou que os cristãos de Tessalônica haviam deixado os ídolos, convertendo-se ao Deus vivo (lTs 1.9); d) Paulo chama a Igreja de propriedade do Deus vivo (lTm 3.15); e) Paulo diz termos postos a nossa esperança no Deus vivo (lTm 4.10)(EETAD).

3.2 A espiritualidade de Deus 

Deus, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância material, sem partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as limitações temporais (Jo.4:24; Dt.4:15-19,23; Hb.12:9; Is.40:25; Lc.24:39; Cl.1:15; ITm.1:17; IICo.3:17) 

 possui personalidade plena, podendo ter uma comunhão direta com Suas criaturas, feitas à Sua imagem.

Ninguém jamais viu a essência de Deus (Jo 1.18). Deus pode manifestar-se em forma corpórea, o que chamamos de “Teofania”.  No Antigo Testamento, Deus apareceu em forma de anjo - anjo do S enhor (Gn 16.9); “Anjo” da Sua presença (Êx 32.34; 33.14); “o anjo da Aliança” (Ml 3.1).

3.3 A personalidade de Deus 

Personalidade é o conjunto das características que define a individualidade de uma pessoa.

A personalidade de Deus bem definida : Existência  dotada de auto-consciência (autoconsciência é a característica lógica da consciência de ser, constitutivamente, consciência da consciência. Não há consciência sem autoconsciência) e auto-determinação (ou  independência, AUTO-EXISTÊNCIA/Ex.3:14; Is.46:11). 

Asseidade ou auto-existência de Deus:

Esta qualidade também pode ser conhecida como independência. Deus tem um propósito único para todas as coisas e seus desejos nunca se contradizem ou são conflitantes, não exerce jamais uma permissão passiva, pois Ele é o autor de todas as coisas sem exceção; Ele nunca está em conflito consigo mesmo, não muda sua vontade nem pretende querer o que não quer.

A asseidade de Deus, também pode ser vista como aquela qualidade a partir da qual, ao mesmo tempo em que Ele é absolutamente independente, todas as outras coisas se fazem dependentes dele. 

Em relação a Deus, a revelação da Sua personalidade se deu já pelos vários nomes e títulos dados a Ele que muito revelam Seu caráter : 

a) Eu Sou (Êx 3.14);

 b) Jeová-Jiré = O Senhor proverá (Gn 22.13,14);

 c) Jeová-Nissi = O Senhor é minha bandeira (Êx 17.15);

 d) Jeová-Rafá = O Senhor que sara (Êx 15.26); 

e) Jeová-Shalom = O Senhor é nossa paz (Jz 6.24);

 f) Jeová-Raa = O Senhor é meu pastor (SI 23.1); 

g) Jeová-Tisidiquênu = Senhor, Justiça Nossa (Jr 23.6); 

h) Jeová-Sabaot = O Senhor dos Exércitos (ISm 1.3);

 i) Jeová-Samá = O Senhor está presente (Ez 48.35);

 j) Jeová-Elion = O Senhor Altíssimo (SI 97.9);

 k) Jeová-Mikadiskim = O Senhor que vos santifica (Êx 31.13). 


A  personalidade de Deus pode sr revelada pelos pronomes que a Bíblia revela :  Tu e Te (Jo 17.3) eEleelO (SI 116.1,2).

Pelas características pessoais a ele atribuida :   tristeza (Gn6.6); ira (lRs 11.9); zelo (Dt6.15); amor (Ap3.19); e ódio (Pv6.16).

Pelo relacionamento que mantém com o Universo e com os homens: como Criador de tudo (Gn 1.1); como Preservador de tudo (Hb 1.3); como Benfeitor de todas as vidas (Mt 10.29,30); como Governador e Dominador das atividades humanas (Rm 8.28) e como Pai de Seus filhos espirituais (G1 3.26)(EETAD).
3.3 A eternidade de Deus 
 
Do princípio ao fim, a Bíblia nos mostra que Deus não tem princípio nem fim de dias: é um Deus eterno (Gn 1.1; Dt 33.27,SI 90.2; Ef 3.21). 

Definição do termo : eternidade 


A POSSE TOTAL, SIMULTÂNEA E PERFEITA DE UMA VIDA
INTERMINÁVEL  (
Tomás de Aquino)


Nas Sagradas Escrituras, a palavra eternidade é usada em três sentidos diferentes: o figurado, o limitado e o literal. O tempo cronológico tem passado, presente e futuro. Deus não é assim. Para Ele, o passado e futuro se fazem no eterno presente.
 

Mais sobre a eternidade de Deus


Capítulo 5 do livro UM RETRATO DE DEUS


Deus é eterno em duração. No Salmo 90: 2, Moisés expressa esta verdade ao dizer: Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus. Esta passagem nos ensina que o mundo teve um começo, que deve a sua existência a Deus, o Criador, e que Deus já existia antes da formação do mundo.

Além disso, aprendemos que somente Deus é eterno, e nenhuma outra coisa ou pessoa possui o atributo da eternidade. Deus existe em um estado permanente, sem sucessão. Obviamente, este verso restringe as criaturas ao tempo, pois fala que a eternidade foi dividida em duas partes, ou seja, a eternidade passada e a eternidade futura, de eternidade a eternidade.

É muito difícil para nós alcançarmos o conceito da eternidade como um todo. O tempo tem início e fim. A eternidade é contrária ao tempo, pois é de infinita e imutável duração, sem fronteiras. Se Deus tivesse um começo, poderia ter um fim, e isso também ocorreria com toda a nossa esperança, felicidade, e existência! A eternidade de Deus é o fundamento da estabilidade de todas as Suas alianças relacionadas aos homens.

Muitas vezes as palavras Eterna (para sempre) e Eternidade são utilizadas nas Escrituras com referência a outras coisas além de Deus. Mas neste caso, tais palavras devem ser entendidas como que falando num sentido relativo. Às vezes elas descrevem algo de longa duração, mas que teria um fim, como o servo cuja orelha era perfurada, e que serviria para sempre (Deuteronômio 15: 17), mesmo que tal serviço se encerrasse com a morte.

Outras vezes, estes termos descrevem algo que não tem fim, mas que teve um começo, como a condição eterna das almas e dos anjos. Eles não eram nada antes de serem criados, mas nunca mais voltaram a serem nada novamente. Entretanto, quando falamos da eternidade de Deus, estamos falando de algo que é único e singular a Ele.

I. DE QUE MANEIRA DEUS É ETERNO.

A eternidade é um conceito negativo, ou seja, nós podemos definir melhor o que ela não é, do que de fato ela é. Esta mesma verdade também se aplica a outros atributos ou perfeições de Deus, devido as nossas limitações como criatura. Ser eterno significa não estar limitado ao tempo, pois sua duração não tem fim. Vamos destacar alguns aspectos da eternidade como um atributo de Deus.

Deus não tem princípio. Deus já existia antes do princípio, de acordo com Gênesis 1: 1. É impossível estabelecer um começo antes do tempo. O tempo começa com a fundação do mundo, mas Deus já existia antes do tempo, e, portanto, não teve princípio. Além do tempo, só existe a eternidade. E nada na eternidade poderia ter um começo, senão não seria eterno. Tudo que tem um começo depende daquilo que o trouxe a existência. Deus é independente. Ele não depende de ninguém para o Seu começo ou existência. Ele não criou a Si mesmo, mas é necessariamente Auto-existente. Esta existência eterna de Deus não poderia ser de outra forma.

Deus não tem fim. O salmista declara: Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim (Salmo 102: 27). Como ninguém O trouxe a existência, ninguém há que possa tirar isso dEle. Não há fraquezas em Deus que possam provocar qualquer tipo de corrupção em seu ser. Ele é o único que é imortal por natureza. Aquele que tem, ele só, a imortalidade (I Timóteo 6: 16). Todas as criaturas que são eternas dependem dEle para que sejam imortais. Ele pode facilmente nos criar ou nos aniquilar. Mas ninguém pode aniquilar a Deus, pois Ele não depende de ninguém para Sua imortalidade.
Não há uma sucessão em Deus. A primeira parte do Salmo 102: 27 diz: Porém tu és o mesmo. 

Deus não somente é o mesmo, como permanece sendo o mesmo em Sua existência. Como isso é diferente quanto a nós! Nós mudamos com o tempo, pois algo nos é adicionado ou perdido a cada dia. Você está envelhecendo enquanto lê esta página! Embora algumas coisas permaneçam imutáveis por algum tempo, ainda assim estão em constante movimento, como um rio que corre. Mas Deus está acima do tempo, e o tempo não tem nenhum efeito sobre Ele. Não há sucessão em Seus pensamentos, Ele vê tudo ao mesmo tempo. Embora haja sucessão e ordem nos eventos que se desencadeiam no tempo, não há, entretanto, uma sucessão no conhecimento de Deus no que diz respeito a esses eventos. Embora Deus tenha decretado a ordem dos eventos, enxerga todos eles ao mesmo tempo. Em outras palavras, não há sucessão nos decretos de Deus, embora haja uma sucessão na execução desses decretos. Deus conhece tudo ao mesmo tempo e decreta tudo.

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Deus é eterno em Si mesmo. Não há conceito de eternidade à parte de Deus. Se Deus não existisse, não haveria eternidade existindo separadamente, pois todas as coisas, inclusive a própria eternidade, procedem de Deus. Da mesma forma, por Ele ser eterno, todas as Suas perfeições também são eternas. Se alguma coisa necessária a sua existência cessasse por apenas um só momento, então Ele não poderia ser um Deus eterno.

II. DEUS É NECESSARIAMENTE ETERNO.

Devemos humildemente confessar que o nosso entendimento neste assunto é limitado. Não há comparação entre tempo e eternidade. Entretanto, a Palavra de Deus desce ao nosso nível quando fala em eternidade. Novamente, o Salmo 102: 27 declara: os teus anos nunca terão fim. Até mesmo esta passagem se adapta nossa capacidade limitada, ao se referir a algo que nossa compreensão alcança, ou seja, anos. É claro que não deveríamos literalmente atribuir “anos” Àquele que é eterno. Vamos examinar algumas razões pelas quais Deus deve ser considerado Eterno.

O próprio nome pelo qual Deus é conhecido reivindica Sua eternidade. O nome Jeová confirma a Sua constante presença. Ele disse a Moisés que o Seu nome era “EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3: 14). Isto é, o Seu nome é uma indicação de que não existe nem passado e nem futuro para Ele. Quando lemos a Seu respeito como Aquele que é, e que era, e que há de vir (Apocalipse 1: 8), entendemos mais uma vez que estes termos são mais apropriados a nossa fraqueza de pensamento do que a Sua grandeza. Ele é um mar ilimitado de existência, uma vida infinita, uma presença eterna. Não há absolutamente nenhum ponto em que Ele estivesse e que não esteja agora, e o que Ele era, Ele é e sempre será. Seu nome nunca será mudado para EU NÃO SOU!
Deus tem vida em si mesmo (João 5: 26). 

Vida é essencial à Sua essência. Ele dá vida, mas não recebe vida. Seria impossível Ele não viver. A Sua existência é diferente da nossa. Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração (Atos 17: 28), mas não há ninguém que lhe dê vida, movimento, e existência. Ele é necessariamente auto existente, e aquilo que é auto existente, existe eternamente.

A imutabilidade de Deus exige que Ele seja eterno. Se ele tivesse passado de um estado de não existir para existir, uma mudança dramática teria ocorrido. Se Ele tivesse mudado do passado para o presente, ou do presente para o futuro, então haveria nEle mudanças. Sua eternidade é um escudo contra toda mutação. Vamos tratar mais da imutabilidade de Deus no próximo capítulo.

A infinitude de Deus exige que Ele seja eterno. Como Ele poderia ser infinitamente perfeito e finito em duração? Ser finito é a maior das imperfeições. Mas nada pode ser adicionado ou subtraído dAquele que é eterno.

O poder soberano de Deus exige que Ele seja eterno. As Escrituras unem este dois conceitos em Apocalipse 1: 8, Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. Se Deus veio a existir em um determinado ponto, então o veio também o seu poder, o que significa que havia um ponto em que não havia poder algum nEle. Onde não há existência, não há poder. Onde não há poder, não há onipotência.

Se Deus não fosse eterno, então Ele não poderia ser a causa de todas as coisas. Somente aquilo que existe antes de tudo, é que não tem começo nem fim, pois existe por si mesmo. O fundador tem que existir antes da fundação. Se não existisse nada antes da eternidade, também não existiria nada agora no tempo. Se Deus não fosse um ser eterno, não haveria nenhum ser agora no tempo. Até mesmo um tolo não tentaria defender noções tão estúpidas e contrárias a existência eterna de Deus! Temos que admitir essa existência eterna, ou entraremos num labirinto sem esperança e cheio de contradições. Simplesmente aceite que tem que haver uma eterna e pessoal primeira causa.

III. SOMENTE DEUS É ETERNO.

I Timóteo 6: 16 diz claramente que o atributo da imortalidade pertence unicamente a Deus. Aquele que tem, ele só, a imortalidade. Isso também é uma indicação de que a eternidade é um atributo exclusivo de Deus. A existência eterna das criaturas não é intrínseca a elas, mas uma doação do Seu Criador. Nossa existência é precária e totalmente dependente do Doador da Vida, tanto agora como eternamente. Nada do que foi criado pode ser eterno no sentido pleno da palavra. Aquilo que em algum tempo não existia, não pode ser eterno. Aquilo que antes não existia e que passou a existir é mutável, e, portanto não é eterno. Nenhum efeito produzido pela vontade de uma causa voluntária pode ser igual à duração desta causa. Todas as coisas que foram criadas são finitas, o que as impede de serem eternas, pois a eternidade é infinita. Sendo assim, a eternidade propriamente pertence só a Deus.


O que devemos aprender deste atributo?

I. INFORMAÇÃO.

Cristo é Deus. A eternidade é um atributo do Filho de Deus, como Colossenses 1: 17 declara: E ele é antes de todas as coisas. O verso anterior nos diz que nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. Já que a eternidade pertence somente a Deus, e a Bíblia nos diz que Cristo é eterno, então Cristo certamente é Deus. No Velho Testamento, o sacerdote Melquisedeque prefigurou a Cristo em Sua eternidade, e o escritor de Hebreus declara esta verdade ao dizer: não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7: 3). O próprio Cristo falou da glória que ele tinha com o Pai ante da fundação do mundo (João 17: 5). O profeta Miquéias fala da vinda do Messias como Aquele cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (5: 2). Assim como a eternidade de Deus é o fundamento de toda religião, assim também a eternidade de Cristo é o fundamento do verdadeiro Cristianismo. Os Seus sofrimentos são a causa da nossa redenção porque Ele sofreu como Deus-homem. Somente Ele poderia padecer tais coisas como essas.

Para Deus tudo é presente. A eternidade é um ponto indivisível, não podendo ser dividida em pontos sucessíveis, como antes e depois. Deus não depende do passar do tempo para adquirir conhecimento. Seu conhecimento é co-eterno com Ele.

É uma grande e ímpia tolice discordar de Deus, questionando Seus decretos e ações.
A eternidade nos separa de Deus e O coloca acima de nós. Somente Ele pode ver o quadro geral do tempo, enquanto nós apenas um pequeno ponto. Assim como um bebê possui pouco entendimento, quando comparado com homens de cabelos grisalhos, muito mais nós, que nem chegamos aos pés da imensa sabedoria de Deus. Já que a eternidade não pode ser compreendida no tempo, então ela não poderia ser julgada por criaturas limitadas ao tempo. O silêncio, ao invés da crítica, é o que nos convém quando tratamos com as coisas pertencentes a Deus, e que estão acima da nossa compreensão. Jó permaneceu em silêncio quando Deus lhe perguntou: Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência (Jó 38: 4). Se reconhecermos a nossa própria pequenez, então reprovaremos a nós mesmos, inclusive quando nos tornamos demasiadamente curiosos quanto aos caminhos de Deus.

Todo pecado é um ataque contra a eternidade de Deus. Todo pecado é uma tentativa de destruir a Deus, de reduzi-Lo a um ser temporal, e de tratá-Lo como se Ele fosse tão desprezível quanto uma mera criatura. Aquele que tenta colocar um fim à glória de Deus, ao obscurecê-la, tenta por um fim à vida de Deus, procurando destruí-la. Todo pecado aponta para uma avaliação equivocada de Deus e de Suas perfeições.

Que terror é estar sob condenação de um Deus eterno! O pensamento a respeito da eternidade de Deus é um terror para os que O odeiam, mas um conforto para os que O amam. Um criminoso tremeria só de pensar que o seu Juiz e Executor vive eternamente. O castigo do perdido será proporcional à grandeza de suas ofensas e à glória de um Deus eterno.

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II. CONFORTO.

O que seria das outras perfeições de Deus sem essa (eternidade)? Se elas fossem apenas temporárias, não poderíamos desfrutar de um consolo permanente.
Pelo fato de Deus ser eterno, Sua aliança também é eterna. Ele confirma a Sua promessa jurando por Si mesmo, isto é, pela Sua própria vida, a qual é eterna (Hebreus 6: 13). Antes da fundação do mundo, Deus prometeu a vida eterna a Seu povo (Tito 1: 2). Esta promessa é boa pelo fato dEle ser eterno por Si mesmo. Ele tem a eternidade nas mãos, e assim as promessas de Sua aliança são firmes e seguras.

Na aliança ou pacto de misericórdia, Deus tornou-se o nosso Deus, como uma possessão eterna. Porque este Deus é o nosso Deus para sempre (Salmo 48: 14). Ele é nosso durante a vida, através da morte, na ressurreição, e por todas as épocas que estão por vir. As bênçãos de Deus para o Seu povo são infindáveis, assim como Ele próprio. Nossa felicidade não poderá perecer enquanto Deus viver.
As bênçãos de Deus para o Seu povo são duradouras, assim como Ele próprio. Elas nunca irão envelhecer, pois não estão sujeitas à passagem do tempo. Na glorificação, não haverá remorso do passado, e nem ansiedade sobre o futuro, como ocorre agora, pois as bênçãos de Deus fluirão incessantemente. Ele pode aumentar o nosso gozo, mas não irá diminuí-lo. Isso será céu, o desfrutar de um Deus infinito e eterno, que não é semelhante a uma cisterna que pode se secar, mas é uma fonte que constantemente jorra.

Em todas as nossas angústias terrenas, A eternidade de Deus deveria nos encorajar. Assim como a revelação EU SOU O QUE SOU foi dada para fortalecer Israel, numa hora de grande necessidade no Egito, assim também o conhecimento dos Seus atributos deveria nos fortalecer. Ele é o grande EU SOU para o Seu povo hoje. Nossos problemas e perseguições não são eternos, e certamente terminarão um dia. Não devermos temer nada que seja meramente temporal, mas antes temer Aquele que é o único Deus eterno.

Ademais, somos confortados ao considerarmos que a eternidade de Deus faz com que as Suas promessas sejam seguras. Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna (Isaías 26: 4). Nossa confiança nEle deveria se igualar à perpetuidade de Sua eternidade. Assim como Deus não pode morrer, Ele também não pode mentir. Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente (Isaías 40: 8). As promessas mais bem intencionadas dos homens frequentemente falham, por causa dos obstáculos que não podem ser vistos, ou mesmo da morte. Mas Deus vê tudo através de uma perspectiva eterna, e a morte não pode tocá-Lo. Embora algumas de Suas promessas levem milhares de anos para se cumprirem, Deus não retarda a Sua promessa, pois para Ele se passou apenas um dia (II Pedro 3: 8-9). Quem não desejaria esperar apenas por um dia para receber uma benção inefável e gloriosa?

III. EXORTAÇÃO.

Devemos nos arrepender dos pecados que cometemos há muito tempo atrás. O passar do tempo abafa muitos pecados em nossa memória, mas com a presença constante do Deus eterno, eles serão trazidos à tona. Não há um regulamento que limite o sistema de justiça de Deus. Se um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia, então os pecados de vinte anos atrás são vistos como se tivessem sido cometidos há cerca meia hora. Vamos, portanto, ficar profundamente tristes pelo nosso passado, e pelos pecados esquecidos, os quais ainda são um tema atual para Deus.

Devemos ser humildes diante do Deus eterno. Se compararmos a nós mesmos com criaturas inferiores a nós, nosso sentimento de grandeza se inflama, mas comparados a Deus, não somos absolutamente nada. Não somos nem capazes de entender completamente a eternidade de Deus, muito menos expressá-Lo. Devido ao pecado, nos tornamos o mais bruto dos homens em nosso entendimento (Provérbios 30: 2). Não há comparação entre tempo e eternidade. Deus diz: EU SOU O QUE SOU. Mas nós devemos honestamente dizer: Eu não sou o que sou. Isto é, Eu não sou auto existente, eu somente existo porque há um eterno poder sustentador maior do que eu. Lembrem-se, nós somos feitos do mesmo material que os pássaros fazem seus ninhos, que os vermes cavam, e sobre o qual as bestas pisam. A nossa existência terrena é muito, muito breve. Os termos que as Escrituras utilizam para falar da nossa vida incluem: o verme, a erva, a flor, o vapor, e a fumaça (Salmo 22: 6; Salmo 103: 15; Salmo 37: 20; Tiago 4: 14). Todos estes itens desaparecem rapidamente. 

Aos olhos de Deus, até mesmo Matusalém, o homem que mais viveu sobre a face da terra, viveu menos do que um dia! Os anjos, que são tão velhos quanto a terra, tremem diante de Deus, e nós que acabamos de chegar temos o direito de nos comportar com orgulho?
Devemos desviar os nossos olhos das coisas temporais e mundanas. Ousamos preferir o prazer momentâneo ao invés do Deus eterno? Que loucura, preferir uma gota de orvalho a plenitude de um oceano! A terra toda não tem mais do que uma semana de vida aos olhos de Deus. Que maldade permitir que nossas afeições e confiança sejam depositadas nas coisas terrenas! Todas as coisas neste mundo estão no processo de se acabar (I João 2: 17). Porque a aparência deste mundo passa, diz o apóstolo (I Coríntios 7: 31). Nada aqui pode nos satisfazer. Fomos feitos para termos comunhão com Deus, e nada pode verdadeiramente preencher nossos corações famintos. Aqueles que vivem somente para as coisas temporais, descem ao nível mais baixo de sua própria natureza, deixando de se comportar como homens. Eles passam por este mundo, mas arderão em chamas no fogo eterno, que nunca se apaga.

Nós deveríamos meditar com muito mais frequência nos atributos de Deus. Este é um dos assuntos fundamentais da religião. Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém (I Timóteo 1: 17). Que conforto encontraríamos em qualquer uma das perfeições de Deus se Ele fosse sujeito a expirar? Por outro lado, que prazer duradouro podemos esperar do pecado? Meditar na eternidade de Deus deveria fazer com que o pecado não tivesse nenhuma chance de se apegar a nós. Flertar com os prazeres do pecado parece ridículo quando colocamos isso na balança da eternidade de Deus.

Finalmente, pelo fato de Deus ser eterno, Ele é digno de nossas afeições mais sublimes e de nossos sentimentos mais profundos. Devemos olhar para Ele como sendo digno, não somente por causa do que Ele é para nós, mas por aquilo que Ele é em Si mesmo. A eternidade é uma qualidade extraordinária de se possuir. Nós, criaturas do tempo, deveríamos ficar maravilhados com Deus da eternidade. Além disso, deveríamos servi-Lo com alegria. Já que Deus é eterno, Ele merece nosso louvor contínuo. Vamos dizer como o salmista: Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu tiver existência (Salmo 104: 33). O Ancião de Dias tem tanto o conhecimento eterno, para nos lembrar de nosso serviço a Ele, quanto a bondade eterna, para nos recompensar por isso.







Autor: Stephen Charnock 
Compilado para o seculo 21: Daniel A. Chamberlin, Pastor (covenantbcl@cs.com)
Tradução: Eduardo Cadete 2011 
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

  

 Indo um pouco mais 


A Filosofia racional de Aristóteles que nomeia as causas e categorias para buscar por meio da metafisica a confirmação da causa inicial e final é: DEUS. Ou seja, para encontrar a substância primeira ou a existência de Deus, Aristóteles recorre para uma análise investigativa sobre a primeira navegação nome que os próprios clássicos cunharam para a metafisica, como princípio onde tudo foi gerado.

 A partir de então, surge o conteúdo especulativo por via do entendimento mítico para o racional, já que, a racionalidade possui uma lógica de raciocínio entre o imaginar, o pensar e o agir, desta maneira a atribuição poderia partir do meio sensível para o juízo das ideias. Contudo, Deus passa de uma ideia para ser uma concretização por via da racionalidade do homem, ou seja, Deus passa a ser um atributo real para os homens que utilizam da racionalidade como atividade do pensamento. Neste sentido, as vertentes que unem este entendimento se constroem numa Fé já existida no intimo do homem, de maneira que, a interpretação da realidade existida, passa a ser uma só realidade tanto empírica quanto metafisica, o que torna uma oportuna realidade dependente da questão espiritual. Isso é possível? Os termos espirituais não são contraditório e racionalmente inversos ao conceito humano na tese aristotélica? Logo, à questão metafisica existe para consolidar um pensamento que há vários séculos intervêm como algo enigmático ao ser: Deus. 

Aristóteles lança uma luz para o pensamento teológico de sua época “O livro XII é considerado com razão como a pedra de remate da metafisica. Aristóteles deu o nome de “Teologia” a mais alta das ciências, a ciência daquela espécie de ser que reúne em si a existência substancial, autossuficiente, com a isenção de toda mudança; e nesse livro que encontramos o seu único ensaio sistemático de teologia.

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 A metafisica de Aristóteles lança uma luz valiosa sobre as ideias teológicas e, outra em que visivelmente, procura acomodar-se às ideias de sua época, principalmente na questão mitológica. Em seus primeiros escritos parece ter apresentado “provas da existência de Deus” Metafisica de Aristóteles. Mesmo vivendo em uma época cujo predomínio era cultuar os deuses do olimpo, Aristóteles se viu com a intersecção de pensar em um único Deus, eterno e existente para o mundo.

 Com as causas esta análise flui do sensível para o inteligível, com nuança de cifrar os acordes da harpa divinal, provar o eterno por meio de palavras em que se situa as margens do conhecimento do homem, pela mutabilidade o homem e o ser eterno, pelo processo que ele mesmo determina, desse modo, a porção que limita está estabelecida ao homem, enquanto que a definição de Deus é o pensamento do pensamento humano. Aristóteles comenta: “Esta conclusão é confirmada pela experiência, que nos põe diante dos olhos uma coisa a mover-se com incessante movimento circular, a saber: o céu estrelado. Ora, aquilo que move e é movido representa um termo médio que nos pode satisfazer; deve haver algum ser que se mova sem ser movido. E esse ser que a experiência nos aponta é certamente o ser eterno, substancial, puramente atual, cuja a existência já foi provada”. Metafisica de Aristóteles.    

3.4 A imutabilidade de Deus


Imutabilidade é a perfeição através da qual Deus não está sujeito a qualquer mudança no Seu Ser, Sua natureza, Sua essência, Sua perfeição, Seus propósitos e promessas (Tg 1.17, Êxodo 3.14; Malaquias 3.6; Tiago 1.17).



DEUS É IMUTÁVEL EM SUA ESSÊNCIA.




O Ser de Deus não se altera, não passa por mudanças. Deus é  o mesmo ontem, hoje e será eternamente. Deus é o mesmo desde a eternidade. Sua essência permanece intacta. Deus é perfeito e não precisa de mudanças para melhorar em nenhum aspecto.
Portanto, cumpre o que a Bíblia diz: “Deus não é homem para que minta; nem filho do homem para que se arrependa.” (Nm 23.19).
Sobre arrependimento 
 Deus se Arrepende?como entender isso?
Deus não se arrepende, mas na Bíblia existem textos que parecem afirmar que Deus se arrepende. Então diante da dificuldade em explicar o arrependimento de Deus, algumas pessoas pensam que essa discussão representa alguma contradição bíblica.
Mas na Bíblia não há qualquer erro, falha ou contradição. É verdade que para compreendermos plenamente este assunto, seria necessário que pudéssemos explicar totalmente o ser de Deus, sua mente e seus atributos. Claro que isto é impossível ao homem. No entanto, um estudo cuidadoso de alguns textos bíblicos nos ajudam a entender claramente se Deus se arrepende ou não.

A Bíblia diz que Deus se arrepende?

Encontramos várias referências sobre um tipo de arrependimento de Deus em diferentes livros da Bíblia (Gênesis 6:5-7; Êxodo 32:12; 1 Samuel 15:10,11,35; 2 Samuel 24:16; Jeremias 18:7,8; Jonas 3:10). Dentre estas referências, vamos utilizar o texto de 1 Samuel como exemplo para analisarmos o assunto.
Então veio a palavra do Senhor a Samuel, dizendo:
Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras. Então Samuel se contristou, e toda a noite clamou ao Senhor.
E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel.
(1 Samuel 15:10,11,35)
Como foi dito, também existem várias referências bíblicas que afirmam categoricamente que Deus não se arrepende de forma alguma (Números 23:19; 1 Samuel 15:29; Oseias 13:14; Tiago 1:17). Citaremos como exemplo aqui um texto do livro de 1 Samuel.
E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa.

Como explicar o arrependimento de Deus?

Para respondermos a pergunta se Deus se arrepende, devemos considerar dois princípios fundamentais que nos ajudam a entender este assunto. Vejamos:
Em primeiro lugar, é comum os autores bíblicos
 usarem figuras de linguagens com referência a Deus.
 Em várias partes eles precisaram descrever 
certas características do próprio Deus de uma forma 
compreensível aos leitores de várias épocas diferentes.
Então sob este aspecto podemos falar de dois recursos literários muito utilizados na Bíblia: antropomorfismo e antropopatismo. Essas duas palavras referem-se a figuras de linguagem utilizadas em alguns textos bíblicos para descreverem Deus como se Ele possuísse formas, propriedades, características ou sentimentos humanos.
Esse recurso foi bastante utilizado na Bíblia. Obviamente nosso vocabulário não é capaz de descrever plenamente um Deus que é indescritível. O arrependimento de Deus se encaixa nessa característica. Quando algum texto bíblico mostra Deus arrependido de alguma forma, na verdade ele está indicando um sentimento incompreensível para nós.
Portanto, em segundo lugar, podemos entender que Deus não se arrepende como o homem. Isso significa que esse arrependimento de Deus mencionado na Bíblia em nada tem a ver com o arrependimento humano. O homem se arrepende pela falta de conhecimento sobre o futuro. Quando o homem se arrepende, ele simplesmente expressa seu desejo de jamais ter feito certa coisa. É como se ele dissesse: “Se eu pudesse voltar atrás com certeza faria diferente”.
Mas Deus não pode se arrepender pela ignorância sobre o futuro. Deus conhece exaustivamente todas as coisas, e seus propósitos são eternos. Então fica fácil perceber a grande diferença que há entre o arrependimento de Deus e o arrependimento humano. Se pudesse, certamente uma pessoa arrependida mudaria o que foi feito; mas Deus jamais mudaria o que Ele próprio fez, mesmo que isso lhe represente algum descontentamento.

O arrependimento de Deus e as traduções bíblicas

Como podemos falar que Deus se arrepende se Ele é onisciente? É impossível que Ele seja surpreendido! Deus é o criador e o sustentador de todas as coisas. Ele conduz a História segundo os seus propósitos soberanos. Todavia, ao mesmo tempo em que Ele determinou e conhece todas as coisas, Ele também se mostra um Deus pessoal, que sabe responder às ações e atitudes humanas; Ele atribui responsabilidade moral sobre tudo o que é feito pelo homem.
Então em cada passagem bíblica que fala sobre o arrependimento de Deus, é preciso considerar o seu contexto. Isto lança luz sobre o entendimento correto do texto. Alguns intérpretes discutem se a palavra “arrependimento” de fato seria a melhor palavra para expressar certo sentimento de Deus.
A palavra “arrependimento” na Bíblia traduz algumas palavras hebraicas geralmente provenientes da raiz naham. Dependendo do contexto de cada referência bíblica, tais palavras podem significar: mudança de ideia; mudança de atitude; mudança de plano; entristecer; lamentar; e até mesmo confortar ou tranquilizar alguém em relação a um determinado acontecimento. Então talvez outra palavra nas traduções bíblicas, como por exemplo “lamentar”, seria mais apropriado para facilitar o entendimento das pessoas com relação ao arrependimento de Deus.

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  Jamais Deus se arrepende
Com base no que já destacamos, podemos afirmar com propriedade que Deus não se arrepende e jamais muda. Então esse arrependimento divino mencionado em alguns textos bíblicos, em nada se parece com o nosso arrependimento.
Voltando ao texto de 1 Samuel 15, podemos entender com clareza esse ensino. No versículo 11 o autor declara que Deus se arrependeu de ter colocado Saul como rei. Mas no versículo 29 do mesmo capítulo o escritor bíblico afirma indiscutivelmente que Deus não se arrepende de forma alguma. O escritor destaca que Deus não é homem para que se arrependa, ou seja, ele reforça o princípio de que a ideia de arrependimento dos versículos 11 e 35, não se trata de nenhum sentimento conhecido pelo homem.
Quando analisamos de forma mais detalhada a situação descrita no capítulo 15 de 1 Samuel, podemos notar que essa atitude de Deus para com Saul foi devido ao comportamento desobediente do monarca. Em 1 Samuel 12:14, Deus fala de forma específica sobre qual deveria ser o comportamento tanto do povo, quanto do rei de Israel.
Isso não significa que o comportamento humano ocasionou uma mudança em Deus; mas significa que Deus reage às nossas ações de forma providencial. Diante da desobediência de suas criaturas, Deus age de uma forma; já diante da obediência delas, Ele age de outra forma. Quando lemos a história do profeta Jonas, percebemos que foi assim com o povo de Nínive (Jonas 3:10).
De forma resumida, a mudança não ocorre em Deus, mas na relação do homem para com Ele; e Ele reage a essa mudança justamente por ser imutável. Vejamos melhor isto no exemplo a seguir.

Como Deus se arrependeu de ter criado o homem?

Muita gente fica em dúvida sobre se Deus se arrepende ao ler o capítulo 6 do livro de Gênesis. Esse capítulo diz que Deus se arrependeu de ter criado o homem. Entretanto, devemos nos lembrar de que em Gênesis 3:15 Deus já menciona pela primeira vez o plano de salvação. Segundo a Bíblia, esse plano foi concebido pelo próprio Deus antes da fundação do mundo, ainda na eternidade (Efésios 1). Assim, o texto de Gênesis 6 não revela uma possível variação em Deus, ao contrário, ele prova a imutabilidade de Deus.
Ao mesmo tempo em que Deus lamentou a criação do homem devido o comportamento daquela civilização iníqua, e trouxe juízo sobre aquele povo; Ele também preservou a humanidade através da família de Noé, nos mostrando que Ele não muda e sempre permanece fiel ao seu propósito eterno. Se Deus se arrependesse como nós, Gênesis 6 teria sido o fim da raça humana.

Um exemplo de como seria o arrependimento de Deus

Não há um exemplo perfeito para explicar o arrependimento de Deus. Mas alguns comentaristas sugerem um exemplo que pode ajudar a entender a ideia de como é que Deus se arrepende. Eles usam a figura de um pai que possuí um caráter exemplar, mas que um de seus filhos cometeu um crime. Ao descobrir o delito do filho, esse pai entrega o próprio filho às autoridades.
Ao mesmo tempo em que esse homem se lamenta pela atitude que precisou tomar com relação ao filho, ele também está totalmente satisfeito com tal atitude. O pai de bom caráter sabe que ele fez o correto ao entregar seu filho criminoso para pagar pelo delito cometido; e se tivesse que fazer novamente, o pai faria a mesma coisa sem pensar duas vezes.
Concluindo, a melhor maneira de responder a pergunta sobre se Deus se arrepende, é apontando para a soberania de Deus e reconhecendo nossa limitação diante de um Deus imutável, infalível e conhecedor de todas as coisas, cujo propósito jamais pode ser frustrado. Nossa capacidade de raciocínio não é suficiente para entender a coerência que há em Deus. Portanto, só nos resta concordar com Tiago quando diz que em Deus “não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17).(estiloadoracao.com.br).

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3.5  A onisciência de Deus
 A Bíblia afirma que Deus é perfeito em todo o conhecimento e sabedoria (Is 40.28). Seu conhecimento é imensurável (SI 139, 147.5; Mt 10.29,30). 
Definição do termo: Onisciência
1. A palavra onisciência deriva de duas palavras latinas, omnis e scientia, e significa conhecimento de tudo, isto é, Deus tem o conhecimento sobre todas as coisas(EETAD).
2. Onisciência é uma palavra utilizada para explicar o ensino bíblico de que Deus conhece plenamente e perfeitamente todas as coisas. 

 Entender o que é onisciência nos ajudar a conhecer um pouco mais sobre o nosso Deus, pois ser onisciente é uma de Suas qualidades.
A palavra onisciência possui origem latina e é formada pela combinação de omni, “todo” ou “completo”, e scientia, que significa “conhecimento”. Logo, basicamente ser onisciente é saber de tudo.
Veja esse artigo muito bom  

O que é Onisciência? Como Deus é Onisciente?

O significado de onisciência na Bíblia

A palavra onisciência não aparece na Bíblia, mas é muito bem aplicada em sua forma nominal ou adjetiva na teologia para se referir à infinita sabedoria de Deus. Ele conhece tudo, em cada detalhe e possibilidade o tempo todo.
Apesar de a Bíblia não usar o adjetivo onisciente, ela nos diz que os olhos do Senhor estão em toda a parte, ou seja, nada escapa de Seu conhecimento (Jó 24:23; Sl 33:13-15; 139:13-16; Pv 15:3; Jr 16:17). Ele conhece o momento exato em que um passarinho cai (Mt 10:29), bem como o número preciso de fios de cabelo na cabeça de cada pessoa no mundo (Mt 10:30).

Deus sonda os pensamentos e as intenções do coração do homem (Sm 16:7; 1RS 8:39; 1Cr 28:9; Sl 139; Jr 17:10; Lc 16:15; Rm 8:27; Ap 2:23). Ele conhece exaustivamente o futuro, tanto quanto conhece o passado e o presente. A onisciência de Deus também abrange todas as possibilidades, ou seja, Ele tem ciência de todos os acontecimentos possíveis que nunca ocorreram, e sabe perfeitamente qual teria sido o impacto na História se cada uma dessas possibilidades tivessem sido concretizadas (1Sm 23:9-13; 2Rs 13:19; Sl 81:14-15; Is 48:18; Mc 11:21).

A onisciência é um dos atributos incomunicáveis de Deus, ou seja, apenas Ele é quem é verdadeiramente onisciente. Qualquer outro ser que advoga para si a condição da onisciência é mentiroso e enganador. Portanto, homem algum, nem mesmo os anjos do Senhor ou Satanás e os demônios, possuem onisciência.

As Escrituras dizem que o conhecimento de Deus é eterno, incompreensível e Sua sabedoria infinita (Sl 104:24; Ef 3:10). De fato ao homem é impossível compreender plenamente o significado da onisciência de Deus, principalmente quando se tenta relacionar sua onisciência com a questão da existência do tempo e do espaço. Muitos debates teológicos e filosóficos já foram feitos nessa área, e só serviram para demonstrar a incapacidade intelectual do homem diante desse assunto.
Seja como for, o que sabemos é que a onisciência de Deus resolve qualquer limitação relacionada ao tempo, e Sua onipresença remove qualquer problema relativo ao espaço. Diante disso, se explica a admiração dos autores bíblicos diante da capacidade do conhecimento de Deus (Sl 139:1-6; 145:5; Is 40:13,14,28; cf. Rm 11:33-36).

Também sob esse aspecto, podemos perceber nas Escrituras que quando Deus interage com o homem, em muitas ocasiões, Ele expressa seu conhecimento de uma forma com que o homem consiga entender e responder a essa interação. Por exemplo:
  1. Ele faz perguntas ao homem, como fez a Adão e Eva, ou mesmo a Caim após este ter assassinado Abel (Gn 3:8,9; Gn 4:9);
  2. Expressa pesar diante do resultado de determinados acontecimento (Gn 6:6; 1Sm 15:10,11,35; 2Sm 24:16; Jn 3:10). Muitas vezes esse pesar é representado por conceitos humanos de sentimentos, como por exemplo, o arrependimento, mas isso é apenas uma linguagem antropopática, ou seja, um recurso literário que atribui sentimentos humanos para expressar de forma compreensível um sentimento divino que não poderíamos compreender de outra forma. Logo, alguns textos bíblicos falam sobre o arrependimento de Deus, mas Deus não se arrepende.   
  3. Ele se lembra de algo, como por exemplo, em Seu diálogo com Noé após o Dilúvio (Gn 9:16). Nesse caso se repete o mesmo princípio mencionado acima, visto que o conceito humano de esquecimento não pode ser aplicado ao Deus onisciente.
De uma forma bem simples, podemos dizer que apesar de Deus conhecer todas as coisas, mesmo antes de acontecerem, Ele se expressa em termos humanos, e de certa forma “desce” no nível dos homens para dialogar com Eles. Assim, Ele aconselha, repreende, exorta, parabeniza, ensina e explica a forma com que Ele conduz a História de uma maneira que permite que o homem compreenda.
Obviamente a onisciência de Deus está diretamente associada à Sua sabedoria. Ele conhece todas as coisas não por ser simplesmente um mero espectador da História, mas porque Ele é o criador que faz, sustenta e opera cada momento e cada detalhe da História segundo o seu propósito (Ef 1:11).
Assim, o Deus onisciente conhece tudo e todos, sejam pessoas, animais, plantas e mesmo objetos, de modo que nenhum fato, pensamento ou possibilidade foge de Seu conhecimento. Ele conhece tudo em um grau infinito e não precisa obter nenhum tipo de informação, já que todo o conhecimento está em sua própria mente. Aqui também é muito útil a compreensão sobre o que é onipotência, já que esta é mais uma das qualidades de Deus.
Para os redimidos, a onisciência de Deus é um conforto que garante que nada foge do controle d’Ele, e que todas as coisas que acontecem contribuem para o bem daquele que são Seus (Rm 8:28). Já para os ímpios, a onisciência de Deus é um terrível aviso de que ninguém poderá escapar de Sua justiça, e que no dia em que Sua ira for derramada nenhum fato será esquecido (Sl 94:1-11; 1Co 4:5; cf. Rm 2:16).
 Jesus era onisciente?
Essa é uma pergunta que geralmente acompanha o estudo sobre a onisciência de Deus. Na verdade a questão sobre se Jesus era ou não onisciente já gerou muitos debates, inclusive levando alguns estudiosos a negarem a onisciência de Deus com base numa compreensão equivocada desse assunto.
Essa questão só pode ser estudada corretamente sob as verdades fundamentais das naturezas humana e divina de Cristo. Como homem, em Seu ministério terreno, Jesus adquiriu conhecimento, ou seja, cresceu em sabedoria (Lc 2:52), além de demonstrar desconhecimento em determinado momento (Mt 24:36). Entretanto, Ele também revelou um conhecimento sobrenatural em várias ocasiões (Mt 9:4; 12:25; Lc 5:22; 6:8; 11:17; Jo 16:30; 21:17).
A explicação para isso é que, em Sua natureza humana, Jesus conhece apenas aquilo que aprendeu, enquanto que em Sua natureza divina Ele é onisciente e possui o pleno e perfeito conhecimento de todas as coisas.
Por mais que isso pareça contraditório para nós na verdade não é, e apenas prova que a onisciência de Deus não pode ser medida por nossa compreensão humana (estiloadoracao.com.br).
 
3.6 A onipotência de Deus
 A palavra onipotência provém de dois termos latinos: omnis e potentia, que, juntos, significam todo poder, todo-poderoso, completamente poderoso.
Onipotência é um termo teológico utilizado para fazer referência à verdade bíblica de que Deus possui um poder ilimitado, ou seja, Deus é onipotente
A Bíblia declara: "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42.2). A onipotência de Deus não significa o exercício de Seu poder para fazer aquilo que é incoerente aos Seus atributos e à natureza das coisas, como, por exemplo, fazer com que um acontecimento histórico passado volte a acontecer.
 
Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava:
"Aleluia!,
pois reina
o Senhor, o nosso Deus,
o Todo-poderoso.
(Apocalipse 19:6)


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3.7 A onipresença de Deus 
A palavra onipresença vem do latim omni, “todo”, e praesentia, “presença” ou “presente”. Assim, onipresente é a característica de quem está presente em toda parte. Obviamente essa qualidade só pertence a Deus, e Ele não a compartilha com nenhuma de suas criaturas.
 
O atributo da onipresença significa que Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele vê todas as nossas ações e atitudes não importa o lugar onde nós estejamos (SI 139.7-12). No entanto, Deus não está presente em vários lugares com um mesmo sentido e propósito. 



(em edição)


3.8 A veracidade de Deus

 Ao longo da narrativa bíblica são manifestas Sua veracidade, que é transparecer a verdade, e a fidelidade de Deus (SI 31.5). A veracidade é um dos múltiplos aspectos da perfeição divina, pois Deus é ao mesmo tempo veraz e perfeito. A mentira não faz parte da natureza de Deus, pois ao tratarmos com Ele estamos tratando com um Ser verdadeiro e que está disposto a cumprir com todas as Suas santas e boas palavras (Jr 1.12). Fidelidade é outro aspecto da veracidade divina. Deus é fiel, pois nEle se cumprem todas as Suas promessas feitas ao Seu povo (SL 117.2).


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3.9 O conselho de Deus 

O conselho de Deus é eterno em relação ao mundo material e espiritual que abrange todos os Seus eternos propósitos e decretos, inclusive a criação e a redenção, levando em consideração o livre arbítrio do homem (Ef 1.11). A abrangência do conselho divino é limitada à compreensão do homem, mas Deus, ainda que em parte, aprouve revelar ao homem o Seu plano.

 O conselho divino é aplicado a todas as coisas em geral (Is 14.26,27) e também às coisas em particular, que estão subdivididas em naturais e espirituais. Redenção é um dos propósitos do conselho de Deus, que diz respeito à salvação do homem. Ler Efésios 1.3-5.0 propósito de Deus para com o homem inclui os seguintes elementos: a) Criar o homem; b) Prover a salvação em Cristo, suficiente para todos; c) garantir a salvação a todos aqueles que O aceitarem livre e espontaneamente; d) julgar aqueles que livre e voluntariamente rejeitarem a graça salvadora de Deus em Cristo, por meio do Evangelho. Ao surgir a Reforma Protestante, várias doutrinas foram reexaminadas e colocadas em confissões de fé. Dentre elas podemos destacar a predestinação, que foi difundida por João Calvino. Mas este ensino foi questionado e discordado pelo teólogo holandês Jacob Arminius que, segundo ele, a salvação é um ato soberano do conselho de Deus que o homem pode aceitar ou rejeitar, pois o homem é dotado do livre arbítrio. Jacob Arminius teve em John Wesley a maior expressão do seu pensamento e doutrina quanto à predestinação, como parte do conselho de Deus.

3.10 A sabedoria de Deus


 Podemos considerar a sabedoria de Deus como aspecto particular do Seu perfeito conhecimento. Faz-se necessário saber que a sabedoria e o conhecimento são distintos. Conhecimento é adquirido através do estudo, enquanto que a sabedoria é o resultado do conhecimento adquirido pela prática da vida e pela intuição. Isso é imperfeito no homem, mas em Deus se caracteriza por Sua absoluta perfeição. Ler Jó 12.13. A sabedoria de Deus estabelece uma relação com a Sua inteligência; aquela perfeição de Deus por meio da qual Ele aplica o Seu conhecimento para alcançar Seus fins, conforme a maneira que Lhe glorifica.

Podemos encontrar a Sua manifestação na obra de Criação (SI 19.1-4), na providência (SI 33.10,11) e na redenção (Rm 11.33).


3.11 A soberania de Deus


 A soberania de Deus é a soma de alguns dos Seus atributos, dentre os quais se destacam: a onipotência, onisciência e onipresença. O Criador e Sua vontade são apresentados como a causa de todas as coisas. À soberania de Deus submetem-se todos os exércitos dos céus e os habitantes da terra (Is 33.22). A soberana vontade de Deus é aquela perfeição do Ser divino, da qual por um simples ato, deleita-se em Si mesmo como Deus. O soberano poder de Deus não só encontra expressão na vontade divina, mas no Seu poder de executar a Sua vontade.

3.12 A vontade de Deus


 Como um ser existente em Si mesmo, dominador e sustentador do Universo que criou pelo seu poder, Deus é soberano e dotado de vontade própria. Sua vontade e seu querer independem de motivação exterior (SI 135.6). O querer divino envolve fatos como os seguintes: - a criação dos anjos (Ne 9.6; Cl. 1.16); - a criação dos céus e da terra (Gnl.l); - a recriação do planeta Terra (Gn 1.2-23); - a formação do homem (Gn 1.26); - a formação da mulher (Gn 2.18,21-25); - a sustentação do Universo; e - a renovação dos céus e da terra na consumação dos séculos (2Pe 3.13; Ap 21.1). A vontade de Deus concernente a Israel envolve os seguintes elementos: a chamada de Abrão para sair da sua terra; a promessa de um filho e o nascimento miraculoso de Isaque; a eleição de Jacó como cabeça da família e como pai dos doze patriarcas; a eleição de José ao elevado posto de governador do Egito, a libertação de Israel do Egito; a condução de Israel durante quarenta anos pelo deserto, até sua monumentosa entrada em Canaã, a Terra Prometida, e a preservação histórica de Israel, (apesar de rejeitar Jesus como o Messias) para fazê-la nação próspera na consumação do século.

3.13 A justiça de Deus 


Alguns teólogos conceituam que a justiça de Deus é como “uma forma de Sua santidade” ou “santidade transitiva”, termos que costumamos chamar de justiça relativa ou absoluta. A ideia principal de justiça está ligada à da Lei. Lei à qual Deus não está sujeito, mas que entre os homens ela deve ser seguida e obedecida. A justiça divina, antes de qualquer outra coisa, é governativa de Deus. Ela tem a ver com aqueles que Deus usa como governante dos bons ou dos maus. Por causa dessa virtude, Deus tem instituído um governo moral no mundo e imposto uma lei justa ao homem, com recompensa para aqueles que são obedientes e castigo para os que são transgressores (Rm 6.23). Relacionadas à justiça governativa de Deus encontram-se as justiças:

 a) distributiva (se relaciona com a distribuição das recompensas e dos castigos - Is 3.10; Rm 2.6 e IPe 1.17);

 b) remunerativa (recompensa aos homens e aos anjos - Dt 7.9,12,13; 2Cr 6.15; SI 58.11; Mq 7.20; Mt 25.21,34; Rm 2.7; Hb 11.26); c) retributiva (aplicação de castigo da Sua parte. Ê uma manifestação da ira divina-Rm 1.32; 2.9; 12.19; 2Ts 1.8).


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3.14 Bondade de Deus


 À luz das Escrituras, a bondade de Deus é tratada de duas formas: genérica e específica. Portanto, a Sua bondade se manifesta em diversos níveis, abrangendo os santos anjos, os filhos de Israel, a Igreja, etc. A bondade de Deus não deve ser confundida com Sua ternura. A ideia principal é que Ele, em todo o sentido, corresponde perfeitamente ao ideal expresso na Sua Palavra. A bondade, no sentido transcendente da palavra, mostra absoluta perfeição e perfeita felicidade em Si mesmo. A bondade de Deus para com as Suas criaturas pode ser definida como a perfeição que O leva a manter o cuidado com as Suas criaturas (SI 145.9,15,16). A bondade de Deus, quando manifestada, assume o mais elevado caráter de amor, amor que distingue aos quais se destina. Podemos definir o amor divino como a perfeição de Deus pela qual Ele é impulsionado a comunicar-se com as Suas criaturas. Deus é absolutamente bom em Si mesmo, Ele ama o homem mesmo quando ele está fraco (Jo 3.16).

3.15 A graça de Deus


A palavra graça é uma tradução do hebraico hessed, do grego charis e do latim gratia. No geral, pode-se dizer que graça é dádiva gratuita da generosidade para com alguém que não tem o direito de reclamá-la. A graça de Deus é o manancial de bênçãos espirituais concedidas aos pecadores. (Ef 1.6,7; 2.7-9; Tt2.11; 3.4-7). No entanto, a Bíblia com frequência fala da graça de Deus como salvadora, e outras vezes ela aparece com um sentido mais amplo (Is 26.10; Jr 16.13).

3.16 A misericórdia de Deus


 A misericórdia de Deus é definida como bondade ou amor de Deus para com aqueles que precisam de uma ajuda espiritual. Tratando de misericórdia, Deus Se revela compassivo e piedoso para aqueles que estão em situação de miséria espiritual e precisando de um socorro (Dt 5.10; SI 57.10, 86.15; 103.13).

3.17 A longanimidade de Deus  


Longanimidade é indicada pela expressão erek aph, significando literalmente grande rosto e também lento para ira. Na Sua longanimidade Deus contempla o pecador em seu estado de pecado, apesar das admoestaçõ.

3.18 A SANTIDADE DE DEUS

Deus é santo A palavra hebraica kadosh é traduzida por santo, e, de acordo com os dicionários teológicos, denota apartar-se ou separar-se do mal e dedicar-se ao serviço divino. A santidade de Deus significa Sua pureza moral, isto é, Ele não pode pecar nem tolerar o pecado. Uma vez que a palavra santo é separado, isto quer nos mostrar separados quanto ao espaço; Ele está no céu, e o homem na terra. Ele está separado quanto à natureza e caráter. Ele é perfeito e o homem, imperfeito; Ele é divino, o homem é humano e carnal; Ele é moralmente perfeito, o homem é pecaminoso. Deus é santo em Si mesmo. Só Deus possui em Si mesmo a santidade. Quando a palavra santo é aplicada a pessoas e objetos é um termo que expressa relacionamento com Jeová, pelo fato de estarem separados para o Seu serviço. E quando separados devem viver em consagração e de acordo com a lei da santidade divina.



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A natureza da santidade de Deus A santidade de Deus é um dos atributos transcendentais e é falada, algumas vezes, como uma perfeição central e suprema. A Bíblia enfatiza a santidade de Deus. Não associemos a santidade de Deus com os outros aspectos: amor, graça, misericórdia, etc. Podemos chamá-la de “a majestosa santidade” de Deus (ISm 2.2). Reconhece-se que a santidade de Deus é parte daquilo que está fora do alcance da razão humana, “absoluta impossibilidade de aproximação”. Santidade que faz com que o homem reconheça a sua inferioridade perante a majestade do altíssimo.


A santidade de Deus e os Dez Mandamentos Ao libertar Israel do Egito, no Sinai, Deus outorgou-lhe leis e fez com a nação uma aliança de proteção que tinha como base a Sua santidade. Proteção que acompanharia o povo e, a partir disso, Israel seria tratado de acordo com a atenção que desse aos mandamentos de Deus.

Resumo dos Dez Mandamentos (Êx 20): 1. “Não terás outros deuses diante de mim” (v. 3); 2. “Não farás para ti imagem de escultura...” (v. 4); 3. “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão...” (v. 7); 4- “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (v. 8); 5. “Honra teu pai e tua mãe...” (v. 12); 6. “Não matarás” (v. 13); 7. “Não adulterarás” (v. 14); 8. “Não furtarás” (v. 15); 9. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (v. 16); 10. “Não cobiçarás a casa do teu próximo...” (v. 17). A santidade de Deus é estabelecida em moldes compreensíveis e o interesse em Deus é revelado em comunicar uma partícula desse Seu atributo àqueles que Ele escolhe como povo Seu e propriedade Sua. Os três primeiros mandamentos expressam o “santo zelo”; o quarto lembra Israel da guarda do sábado e dia do descanso e o quinto é uma ordem para os filhos em relação aos pais.


A manifestação da santidade de Deus O homem, ao reagir perante a santidade de Deus, é tomado de pasmo e sentimento de insignificância, sentindo, assim, seu pecado. Um exemplo está em Isaías 6. 1-7. Mediante a um Deus tremendamente Santo, o homem em seu estado de “profano”, não é digno de estar na presença dEle, pois a indignidade do homem poderia manchar a santidade de Deus. Revelada na lei moral manifesta nas consciências, a santidade de Deus ela é gravada por Deus nos corações e revelada através da Sua Palavra. A mais sublime revelação da santidade de Deus está em Jesus Cristo, a quem a Bíblia apresenta como “O Santo e o Justo ” (At 3.14). Vemos também a santidade de Deus através do corpo vivo de Cristo, revelada na Igreja.