4. A TRINDADE DIVINA
(em edição)
Falsos
conceitos sobre a Trindade O falso e o verdadeiro andam sempre em
posição paralela. Durante séculos, as verdades doutrinárias sempre
tiveram quem fossem contra. Da mesma forma, a doutrina da Trindade
também sempre teve inimigos para combatê-la. 1. O Conceito Ariano. Por
volta dos idos de 320 d.C., Ario, um dos presbíteros da Igreja de
Alexandria, na África, combateu a Trindade inicialmente negando a
eternidade e a divindade de Cristo. Esse ponto de vista o colocou em
choque com Alexandre, que cria na Trindade constituída pelo Pai, Filho e
Espírito Santo, como três pessoas igualmente incriadas e eternas. 2. O
Concílio de Niceia. Este embate entre Ario e Alexandre alcançou
proporções tão exacerbadas que foi necessário o Concílio de Niceia para
combater a opinião de Ario, que negava a divindade de Cristo. 3. As
“Testemunhas de Jeová” e a Trindade. Diversos pensamentos têm sido
expressos em oposição à Trindade, dentre eles podemos destacar os
“Russellitas”, que chamam a si mesmos de “Testemunhas de Jeová”, as
quais negam a divindade de Cristo e a pessoa do Espírito Santo.
O
que a bíblia nos ensina sobre a Trindade Depois de trazer à existência a
todas as coisas através de um simples e poderoso “HAJA”, quis Deus
formar o homem, quando disse: “...FAÇAMOS o homem à NOSSA imagem,
conforme a NOSSA semelhança...” (Gn 1.26). A respeito do homem após a
queda, disse Deus: “... Eis que o homem se tomou como um de NOS...” (Gn
3.22). No relato bíblico da confusão das línguas em Babel, lemos ainda
Deus dizendo: “Vinde, DESÇAMOS E CONFUNDAMOS ali a sua linguagem...” (Gn
11.7). Na visão de Isaías, quando de seu chamado, lemos que Deus
perguntou: “... A quem enviarei, e quem há de ir por NOS?...” (Is 6.8).
Foi a propósito que pusemos em DESTAQUE os verbos e pronomes pessoais e
possessivos, tais como: FAÇAMOS, NOSSA, NÓS, DESÇAMOS E CONFUNDAMOS,
para mostrar que em todos os casos bíblicos citados, mais de uma pessoa,
portanto a Trindade, fizeram-Se presentes em ação. Além dos casos
citados, é no Novo Testamento que encontramos o maior número de provas
que ratificam o ensino bíblico sobre a Trindade, como: Mateus 3.16,17;
28.19; 1 Coríntios 12.4-6; 2 Coríntios 13.13; Efésios 4.4-6; 1 Pedro
1.2; Judas 20,21; Apocalipse 1.4,5.
A
Trindade Definida Tanto no Antigo como no Novo Testamento, títulos
divinos são atribuídos, distintamente, às três pessoas da Trindade. 1. A
respeito do Pai: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do
Egito, da casa da servidão.” (Ex 20.2). 2. A respeito do Filho:
“Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28). 3. A respeito
do Espírito Santo: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás
teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do
valor do campo?... Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (At 5.3,4).
Cada pessoa da Trindade é descrita na Bíblia como sendo:
Descrição 0
Pai O Filho O Espírito Santo Onipresente Jr 23.24 Mt 18.20 Si 139.7
Onipotente Gn 17.1 Ap 1.8 Rm 15.19 Onisciente At 1518 Jo 21.17 1Co 2.10
Criador Gn 1.1 Jo 1.3 Jó 33.4 Eterno Rm 16.26 Ap 22.13 Hb 9.14 Santo Ap
4.8 At 3.14 1Jo 2.20 Santificador Jo 10.36 Hb 2.11 1Pe 1.2 Fonte da Vida
Eterna Rm 6.23 Jo 10.28 Gl 6-8 Ressuscitador 1Co 6.14 Jo 2.19 1Pe 3.18
Inspirador dos Profetas Hb 1.1 2Co 13.3 Mc 13.11 Supridor de Ministros à
Sua Igreja Jr 3.15 Ef 4.11 At 20.28 Salvador 2Ts 2.13 Tt 3.4-6 1Pe 1.2
Na
C o n fissão de Fé P resbiterian a, encontra-se o consenso geral do
Cristianismo a respeito da Trindade: “Na unidade da divindade há três
Pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o Pai, Deus o
Filho e Deus o Espírito Santo. O Pai não é de ninguém; o Filho é
eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do
Filho”.
Deus-Pai
O título “Pai” nem sempre é dado a Deus, nas Escrituras, com o mesmo
sentido. Vejamos. 1. Deus - o Pai de toda a criação: aplica-se à
primeira pessoa da Trindade a quem, de maneira especial, a revelação
divina atribui a obra da criação (ICo 8.6). 2. Deus — o Pai de Israel:
aplica-se a Deus para expressar a relação teocrática, na qual Ele
permanece com Israel, Seu povo do Antigo Testamento (Dt 32.6). 3. Deus -
o Pai dos Crentes: no Novo Testamento, “Pai”, referente a Deus, assume
uma dimensão completamente nova, quando fala da paternidade de Deus para
aqueles que nasceram da Palavra e do Espírito (Mt 5.45). 4- Deus - o
Pai de Jesus Cristo: num sentimento diferente, “Pai” se aplica à
primeira pessoa da Trindade em relação à segunda pessoa, isto é, Cristo
(Mt 3.17).
Deus-Filho
Das três pessoas da Trindade, o Senhor Jesus Cristo foi a segunda a ser
revelada corporalmente aos homens. Os atributos inerentes a Deus-Pai
relacionam-se harmoniosamente com Cristo, provando a Sua divindade; por
isso, a Bíblia O apresenta como sendo: 01. O Primeiro e o Último (Is
41.4; Cl 1.15,18; Ap 1.17; 21.6); 02. O Senhor dos senhores (Ap 17.14);
03. O Senhor de todos e Senhor da glória (At 10.36; ICo 2.8); 04. O
Criador (Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2,10; Ap 3.14); 05. O Rei dos reis (Is
6.1-5; Jo 12.41; lTm 6.15; Ap 1.5; 17.14); 06. O Juiz (Mt 16.27;
25.31,32; 2Tm4.1; At 17.31); 07. O Pastor (Is 40.10,11; SI 23.1; Jo
10.11,12); 08. O Cabeça da Igreja (Ef 1.22); 09. A Verdadeira Luz (Lc
1.78,79; Jo 1.4,9); 10. O Fundamento da Igreja (Is 28.16; Mt 16.18); 11.
O Caminho (J° 14.6; Hb 10.19,20);
12.
A Vida (Jo 11.25; Cl 3.4; ljo 5.11,12); 13. O Perdoador de pecados (SI
103.3; Mc 2.5; Lc 7.48-50); 14- O Preservador de tudo (Hb 1.3; Cl 1.17);
15. O Doador do Espírito Santo (Mt3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33; At
1.5); 16. O Eterno (lTm 1.17; Ap 22.13); 17. O Santo (At 3.14); 18. O
Verdadeiro (Ap 3.7); 19. O Onipresente (Ef 1.20-23); 20. O Onipotente
(At 1.8); 21. O Onisciente (Jo 21.17); 22. O Santificador (Hb 2.11); 23.
O Mestre (Lc 21.15; G1 1.12); 24- O Ressuscitador de Si mesmo (Jo
2.19); 25. O Inspirador dos profetas (IPe 1.11); 26. O Supridor de
ministros à Sua Igreja (Ef 4.11); 27. O Salvador (Tt 3.4-6).
O Filho como mediador entre Deus e os homens Como enviado do Pai e mediador entre Deus e o homem:
1. O Filho dependia do Pai (Jo 5.19,36; 6.57);
2. O Filho foi enviado pelo Pai (Jo 6.29; 9.29);
3. O Filho estava sob a autoridade do Pai (Jo 10.18);
4- O Filho recebeu autoridade delegada pelo Pai (Jo 10.18);
5. O Filho recebeu do Pai a Sua mensagem (Jo 17.8; 8.26,40);
6.
O Reino do Filho foi estabelecido pelo Pai (Lc 22.29); 7. O Filho
entregará o Seu reino ao Pai (ICo 15.24); 8. O Filho, como enviado do
Pai, lhe está sujeito (ICo 11.3; 15.27,28)
Deus-Espírito
Santo A Bíblia apresenta a pessoa do Espírito Santo, quando diz que:
01. Ele cria e dá vida (Jó 33.4); 02. Ele nomeia e comissiona ministros
(Is 48.16; At 13.2; 20.28); 03. Ele aponta o lugar onde os ministros
devem pregar (At 16.6,7); 04- Ele instrui sobre o que os ministros devem
pregar (ICo 2.13); 05. Ele falou através dos profetas (At 1.16; IPe
1.11,12; 2Pe 1.21); 06. Ele contende com os pecados (Gn 6.3);
07. Ele reprova (Jo 16.8); 08. Ele consola (At 9.31);
09. Ele nos ajuda em nossas fraquezas (Rm 8.26);
10. Ele ensina (Jo 14.26; ICo 12.3);
11. Ele guia (Jo 16.13);
12. Ele santifica (Rm 15.16; ICo 6.11);
13. Ele testifica de Cristo (Jo 15.26);
14- Ele glorifica a Cristo (Jo 16.14);
15. Ele tem poder próprio (Rm 15.13);
16. Ele tudo sonda (Rm 11.33,34; ICo 2.10,11);
17. Ele age segundo a Sua vontade (ICo 12.11);
18. Ele habita com os santos (Jo 14-17);
19. Ele pode ser entristecido (Ef 4-30);
20. Ele pode ser envergonhado (Is 63.10);
21. Ele pode sofrer resistência (At 7.51);
22.
Ele pode ser tentado (At 5.9). Por toda a Bíblia, atributos divinos
conferidos ao Pai e ao Filho são também conferidos ao Espírito Santo,
entre os quais se destacam: 1. Eternidade (Hb 9.14); 2. Onipresença (SI
139.7-10); 3. Onipotência (Lc 1.35); 4. Onisciência (ICo 2.10).
AS OBRAS DE DEUS
Os
decretos divinos
em geral No plano divino, existem obras que envolvem o
próprio Deus e a Ele exclusivamente pertencem. Mas também há aquelas
que envolvem as Suas criaturas. O C atecism o M en o r de W estm in ster
faz uma definição concernente ao decreto de Deus, como: “Seu propósito
eterno, segundo o conselho de sua própria vontade, em virtude da qual
tem preordenado para sua própria glória tudo o que sucede”. Desse modo,
devemos entender que: o decreto divino é único: está relacionado com o
conhecimento de Deus; está relacionado a Deus e ao homem, e tem a ver
com a capacidade de Deus operar. Para entendermos o decreto divino,
devemos caracterizá-lo como:
1. fundado na sabedoria de Deus;
2. eterno;
3. eficaz;
4. imutável;
5. incondicional;
6. absoluto;
7. universal.
veja
Conhecimento profundo da Bíblia(CLIQUE)
A
criação em geral
A fé da Igreja em relação à criação é expressa no
primeiro artigo do Credo dos Apóstolos. A palavra criação pode ser
definida como aquele que ato livre de Deus, por meio do qual, segundo o
conselho de Sua soberana vontade é para Sua própria glória, no princípio
produziu todo o Universo, visível e invisível, sem o uso de matéria
preexistente e assim lhe deu existência distinta da Sua própria
existência. Segundo as Escrituras, a criação foi um Ato do Deus Trino,
um Ato Livre de Deus e um Ato Temporal de Deus.
A
criação do mundo espiritual
Há muitas indagações a respeito dos anjos.
Seriam eles seres reais? Segundo a Bíblia, eles foram criados por Deus
como seres especiais e com propósitos claramente mostrados ao longo das
narrativas bíblicas. Quanto à natureza dos anjos, podemos considerar o
seguinte: eles são seres criados, espirituais, inteligentes, gloriosos e
poderosos.
A
criação do mundo material
“No princípio, criou Deus os céus e a terra."
(Gn. 1). Aqui, Moisés faz um resumo da obra criadora de Deus que, ao
longo da narrativa bíblica, observamos com mais detalhes. E o dogma
fundamental da verdadeira religião, que é o oposto das falsas filosofias
e religiões.
Semana
da recriação
Ao observarmos o relato de Moisés, vemos que ele descreve
as variadas fases da ação divina, em um período de seis dias, nos quais
três são dedicados à formação dos espaços habitáveis e três, para o
povoamento. Vejamos um a um. 1Q. dia: a Luz (Gn 1.3); 2°. dia: o
Firmamento (Gn 1.6-8); 32. dia: a Terra Firme (Gn 1.9-13); 4° dia: o
Sistema Solar (Gn 1.14-19); 52. dia: a Fauna Marinha(Gn 1.20-23); 6g.
dia: os Animais Terrestres (Gn 1.24,25).
A
criação do homem
A Bíblia nos dá um duplo aspecto da origem do homem.
Vejamos as seguintes conclusões: a) A criação do homem foi precedida de
um solene conselho divino; b) A criação do homem é um ato imediato de
Deus; c) O homem foi criado segundo um tipo divino; d) Os elementos da
natureza humana se distinguem; e) O homem foi criado coroa da criação(EETAD).
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